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Indústria deve estabilizar no segundo semestre, aponta especialista

Economista, André Nunes de Nunes, palestrou sobre o cenário econômico brasileiro na noite desta segunda-feira, 19, na ACIC, em evento de celebração dos 79 anos da entidade

O setor produtivo deve ter o entendimento que o período é de ajustes, a chamada desaceleração cíclica e por isso, o segundo semestre, na economia brasileira, será mais lento para alguns segmentos. A informação pertence ao economista-chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes, que apresentou na noite desta segunda-feira, dia 19, a palestra “Cenários econômicos e perspectivas para a economia”, na ACIC, em Criciúma.

No evento alusivo aos 79 anos da entidade, comemorados neste domingo, dia 18, o especialista pontuou os principais indicadores da economia internacional e brasileira. “O agronegócio foi o que destoou do cenário no primeiro trimestre puxando o crescimento do país pra cima, à medida que a taxa de juros reduzir, que acreditamos ser em setembro, vamos começar a ter uma retomada para 2024”, destacou. “A indústria que, já vem desacelerando há algum tempo, deve estabilizar. É importante saber que o processo de desaceleração é diferente de imaginar uma crise, com processo de destruição de empregos, não tem nada disso no nosso horizonte. É uma atividade que perde força por conta da necessidade de taxas de juros mais elevadas para controlar a inflação”, acrescentou.

Petrobrás

Sobre a nova política de preços da Petrobrás, que por ser a maior empresa brasileira impacta na economia, de Nunes coloca que é ainda é preciso entender se ela será de suavização ou de controle de preço. “Este segundo caso é ruim, porque em algum momento a paridade tem que voltar porque a empesa sofre no balanço e acaba represando uma inflação, o mercado vê isso e começa a penalizar com taxa de juros de longo prazo um pouco maiores”, sublinhou.

Para o presidente da Acic, Valcir Zanette, o momento é crucial para um entendimento melhor do cenário econômico. “Nos primeiros meses deste governo o empresariado deu uma segurada, mas está já está retomando. Somos criativos, empreendedores e resolveu voltar a investir, mas precisamos estar bem guiados sobre o que acontece na economia do país e do mundo”, comentou.

União de forças

Historicamente a ACIC empunha bandeiras que deixaram legado de desenvolvimento na região, entretanto para Zanette um dos principais nestes 79 anos de história foi a união entre as forças, foi a que realmente “No passado as empresas, poder público e escolas trabalhavam isolados, sem saber o que cada um fazia e precisava. Cada um fazia aquilo que pensava ser melhor. Hoje estamos juntos, com parcerias com a administração pública municipal e escolas, nos aproximando. Este envolvimento entre todos, em favor do desenvolvimento com toda certeza faz uma grande diferença”, salientou.

A ACIC

Atualmente, a Acic conta com quase dois mil associados, divididos entre os setores da indústria, do comércio e de serviços. Para atender esse público e a comunidade em geral, disponibiliza um portfólio de serviços que inclui a oferta de capacitações, certificado de origem e certificação digital, assinatura eletrônica, cessão de espaços e logística, consultorias, entre outros.

 

Através da Rede de Talentos, promove a aproximação entre profissionais e empresas. Por meio da Rede e Vantagens, oportuniza diversos serviços em condições especiais para os associados. Com a Revista Liderança Empresarial, divulga ações em diferentes segmentos e aborda questões de interesse regional. Ao instituir prêmios e projetos, contribui com a educação, a cultura e a valorização de profissionais da imprensa e empresas.

 

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