Imagem pública: a construção de uma reputação política
Com as eleições dobrando a esquina, os holofotes estão direcionados aos candidatos e, a cada passo, a cada aparição, tem-se a oportunidade de consolidar nome e imagem pública. A imagem, para um candidato a cargo político, é um bem precioso; é por meio dela que ele irá impactar seu eleitorado e criar laços com seu público.
Se o impacto for positivo, ou seja, se transmitiu credibilidade, a porta se abrirá para conversas, cafés e para a oportunidade de conquistar seu objetivo: o voto. Contudo, se a imagem não foi bem comunicada, se gerou um quê de desconfiança, o momento de ouro, aquele em que seria possível estabelecer uma conexão com o eleitor, será prejudicado. E a esperança do voto vai se dissipar no horizonte.
Imagem e atitudes precisam transmitir coerência. E, para encontrar coerência, a construção da reputação deve ser feita em bases sólidas, para não cair em contradição e acabar prejudicando, às vezes, um trabalho de anos.
Na política, a construção da imagem requer uma estratégia bem definida, linguagem clara e simples, bem como a capacidade de despertar emoção, simpatia e provocar identificação com o eleitor.
O principal desafio é manter a imagem ilesa ante às investidas dos adversários. Se não ilesa, mas fortalecida o suficiente para que, em um momento de crise, um gerenciamento eficiente possa controlar ou reverter possíveis princípios de incêndio.
No caminho para a construção de uma imagem pública existirão percalços, portanto, investir na consolidação de uma boa reputação é a forma mais eficiente de conduzir não só uma campanha mas uma carreira longeva no cenário político.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.
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