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Homem é condenado após matar conhecido com cinco tiros por espalhar fofoca no Sul

Homem discutiu com vítima o acusando de espelhar fofocas da família dele e meses depois o matou com cinco tiros pelas costas em Jacinto Machado

Foi condenado a 15 anos e oito meses de prisão, um homem que matou um conhecido com cinco tiros pelas costas em um bar no bairro Paraguai, em Jacinto Machado. Eles teriam discutido, já que o réu o acusava de espalhar fofoca dos familiares dele. A sentença foi proferida em sessão do Tribunal do Júri na sexta-feira, dia 8. Os jurados atenderam ao pedido da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Turvo e condenaram o réu por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo.

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Ele foi sentenciado, ainda, ao  pagamento de 10 dias-multa e das custas do processo. De acordo com a denúncia apresentada pelo Promotor de Justiça, Cláudio Everson Gesser Guedes da Fonseca, o réu ficou incomodado com fofocas sobre seus familiares, as quais, segundo ele julgava, estariam sendo espalhadas pela vítima. Assim foi que, em meados de 2020, ele cobrou satisfações da vítima e os dois discutiram.

 

Encontro em bar e assassinato

 

De acordo com o promotor, em 29 de janeiro de 2021 por volta das 18h, o réu chegou em um bar e mercado em Jacinto Machado e começou a beber. Já por volta das 19h30 se dirigiu ao bar que pertencia ao irmão dele. Momento em que percebeu a presença da vítima no local.

Durante todo o tempo que estivaram no bar, segundo o Ministério Público (MP), os dois não trocaram uma única palavra.  Entre as idas e vindas do carro, ele pegou uma arma de fogo que transportava ilegalmente e por volta das 20h35 entrou novamente no bar e ficou atrás da vítima.

 

Ao perceber que havia alguém em pé atrás de si, a vítima virou e quando viu que era o réu, lhe deu novamente as costas. Momento que este, por vingança devido a discussão, sacou o revólver da cintura e atirou cinco vezes contra a vítima na cabeça que morreu no local.

Ainda segundo o Promotor de Justiça, a desproporcionalidade entre o desejo homicida e aquele antigo bate-boca revela que a motivação para o crime foi frívola, egoística e fútil. Esses motivos levaram à dupla qualificação do crime: homicídio cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

O réu também foi sentenciado, em regime inicial fechado, pelo porte ilegal de arma de fogo.

Réu responderá em prisão domiciliar

 

Cabe recurso da sentença e, como o réu é primário, com bons antecedentes, possui residência fixa e trabalho, o Juízo permitiu que ele apelasse em liberdade, mas manteve as medidas cautelares diversas da prisão anteriormente fixadas, inclusive a monitoração por tornozeleira eletrônica.

O Promotor de Justiça Cláudio Everson Gesser Guedes da Fonseca, autor da denúncia, já recorreu da decisão judicial para aumentar a pena.

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