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Fechada negociação coletiva dos trabalhadores das indústrias químicas de Criciúma e Região

Piso da categoria, formada por mais de 3 mil profissionais, sobe para R$ 1.830,28

Os trabalhadores químicos de Criciúma e região receberão seus salários de agosto, no quinto dia útil de setembro, com reajuste de 11%. A inflação registrada entre agosto de 2021 e julho de 2022 foi de 10,12%. O piso da categoria, formada por mais de 3 mil profissionais, sobe para R$ 1.830,28. Trabalhadores de empresas com até 30 empregados terão reajuste de 17,9% na Participação de Lucros e Resultados (PLR). No total, o setor conta com mais de 130 empresas.

Os números foram definidos em rodada de negociação, nesta sexta-feira, 26, entre os sindicatos que representam trabalhadores e empresas. “É evidente que saímos da mesa considerando que os patrões poderiam valorizar mais os seus empregados, especialmente os que menos ganham, defendemos um aumento diferenciado para o piso, mas os patrões não se sensibilizaram”, disse o presidente do Sindicato profissional, Carlos de Cordes, o Dé.

Apesar do aumento real abaixo do esperado, Dé considerou que “a negociação foi positiva, respeitosa, e, sobretudo, a categoria tem uma convenção coletiva em vigor, com uma série de conquistas históricas e outros benefícios conquistados ao longo dos anos”, acrescentou de Cordes.

O aumento significativo no PLR das empresas com até 30 empregados integra uma estratégia da diretoria do sindicato em, ao longo dos próximos anos, eliminar esta primeira faixa do PLR, unificando valores. Nestas empresas a participação em lucros e resultados passa de R$ 762,91 para R$ 900,00. Enquanto nas demais indústrias, com 11% de reajuste, o PLR passa para R$ 1.311,84, informa o presidente do sindicado profissional.

Segurança nos locais de trabalho das indústrias químicas da região, após dois acidentes fatais em menos de um mês, foi pauta da rodada de negociações desta sexta-feira. O presidente Carlos de Cordes defende que em caso de acidentes graves o setor onde ele ocorreu não volte a operar, dando tempo para que o episódio seja avaliado pelos órgãos competentes e os trabalhadores do setor possam retornar à produção com tranquilidade. O sindicato patronal se mostrou sensível e o tema deve voltar a ser debatido nas próximas semanas entre as partes.

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