Família resolve viajar pelo mundo antes que filhos percam a visão

Uma família canadense resolveu fazer uma viagem ao redor do mundo antes que seus três filhos perdessem a visão. Acontece que Mia, filha de Edith Lemay e Sebastien Pelletier, tinha três anos quando foi diagnosticada pela primeira vez com um problema na visão. Alguns anos depois, descobriram que ela tinha retinite pigmentosa, uma condição genética rara que causa perda ou declínio. As informações são da CNN.

Depois, mais duas tristes surpresas: mais dois filhos, Colin e Laurent, de 7 e 5 anos, respectivamente, também apresentaram os mesmos sintomas e foram diagnosticados com a mesma doença. O outro filho do casal, Leo, é o único da família que não tem a doença. “Não há nada que você possa realmente fazer. Não sabemos o quão rápido isso vai acontecer, mas esperamos que eles fiquem completamente cegos na meia-idade”, explicou a mãe, à CNN.

Após receber os diagnósticos concretos dos filhos, a família decidiu ajudar os jovens a desenvolver habilidades necessárias e os médicos recomendaram que eles absorvessem memórias visuais. Assim, tiveram a ideia de viajar ao redor do mundo. “Com o diagnóstico, temos uma urgência. Há ótimas coisas para fazer em casa, mas não há nada melhor do que viajar. Não só a paisagem, mas também as diferentes culturas e pessoas”.

Os planos era começar a viagem em 2020 mas, devido às restrições causadas pela pandemia, adiaram para este ano. Antes de partir, a família criou uma lista de experiências: Mia queria andar a cavalo, enquanto Laurent queria beber suco em um camelo. Dito e feito! A viagem começou pela Namíbia. Lá, conheceram elefantes, zebras e girafa. Outros países que conheceram foi a Zâmbia, a Tanzânia e a Turquia.

“Viajar é algo que você pode aprender. É legal e divertido, mas também pode ser muito difícil. Você pode se sentir desconfortável. Você pode estar cansado. Há frustração. Portanto, há muito que você pode aprender com uma viagem em si. Não importa o quão difícil seja a vida deles, eu queria mostrar a que eles têm sorte apenas por ter água corrente em casa e poder ir à escola todos os dias com livros coloridos e bonitos”, finalizou Edith.

Os planos do futuro? Eles continuam esperançosos para que a ciência encontre uma maneira de fazer Mia, Colin e Laurent não perderem a visão. “Esperamos que a ciência encontre uma solução. Cruzamos os dedos para isso. Mas sabemos que isso pode acontecer, por isso queremos garantir que nossos filhos estejam preparados para enfrentar esses desafios”, concluiu o pai.