Entenda o que é a hepatite misteriosa que preocupa pais e especialistas
Dois casos suspeitos em santa Catarina já estão sendo acompanhados
Nos últimos meses um tipo de hepatite aguda de origem desconhecida, que está acometendo crianças, está preocupando pais e especialistas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença ainda é misteriosa, mas já se sabe que não tem relação com a vacina da Covid-19. No Brasil, 28 casos suspeitos estão sob investigação, sendo dois deles em Santa Catarina.
A doença já está em mais de 20 países e pode exigir transplante de fígado. Muito severa, a doença não tem relação direta com os vírus conhecidos da hepatite, e 10% dos casos exigiu o transplante.
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A organização afirma ainda investigar a origem e as causas da doença, mas descarta relação com as vacinas contra Covid-19. “Os primeiros casos foram relatados na Escócia e já são mais de 300 no mundo sendo investigados. A origem, ainda não está muito clara, mas parece ter relação com infecção pelo Adenovirus, ou outro vírus ainda não identificado. Como a etiologia ainda não está estabelecida, as formas de contágio/transmissão, ainda são incertas.O que se sabe é que não há relação com vacina para Covid-19”, afirma o médico infectologista Raphael Elias Faria.
O adenovírus é um vírus comum que pode causar sintomas respiratórios, vômitos e diarreia. No geral, a infecção por tais vírus é de duração limitada e não evolui para quadros mais graves. Houve casos raros de infecções graves por adenovírus que causaram hepatite em pacientes imunocomprometidos ou transplantados, por exemplo. No entanto, as crianças infectadas eram anteriormente saudáveis.
Fique atento aos sintomas
Muitos casos de hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos e aumento dos níveis de enzimas hepáticas (aspartato transaminase (AST) ou alanina aminotransaminase (ALT) acima de 500 UI/L), além de amarelão e ausência de febre.
A orientação é que, havendo os sintomas de hepatite aguda, os pais levem as crianças para atendimento médico. Como a causa ainda não está definida, não há tratamento específico”, afirma o médico.
O tratamento atual busca aliviar os sintomas, manejar e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento podem ser aprimoradas assim que a origem da infecção for determinada.
Como proteger as crianças
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomenda o uso de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar para prevenir infecções, que também podem proteger contra a transmissão do adenovírus.
Neste momento, a recomendação aos países é manterem-se informados, monitorarem e notificarem os casos.
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