O desafio é criar um pequeno robô que supere obstáculos e resgate as peças ao longo do caminho. Assim parece fácil, mas experimente começar do zero. Isso é o que estimula os jovens estudantes que integram a equipe de robótica da Satc. Estar com os amigos, pensar a máquina e agir rápido quando os problemas surgem. “É muito bom poder desenvolver um produto em conjunto, saber que aquilo foi construído pelo grupo”, ressalta o estudante Thiago Casagrande.
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Ele e os amigos Lucas Urbano e Luiz Gustavo Dal Toé passaram para a fase nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Segunda colocada na etapa estadual, a equipe L2GT está trabalhando na construção de um novo robô. Mais robusto e bem articulado, ele irá disputar com outros produzidos por estudantes de escolas públicas e particulares. A fase nacional será realizada entre os dias 22 e 26 de outubro na cidade de Rio Grande (RS).
A dedicação dos alunos começou de maneira espontânea. “Isso não é uma aula regular. As equipes foram criadas e eles se reúnem nos dias e horários que têm disponíveis. Percebo que há uma grande proatividade, um ajudando o outro. Acredito que a robótica estimula o desenvolvimento lógico dos alunos, além de trabalhar a persistência, pois eles precisam montar e testar várias vezes”, pondera o professor Vagner Rodrigues.
Para superar os adversários, o robô tem que passar por obstáculos definidos em um circuito e resgatar as bolinhas, que representam as pessoas. “Ficamos ali sozinhos, sem o professor. Quando surgem problemas temos que tentar resolver”, explica Lucas.
Essa união do grupo estimula o aprendizado. “A amizade é muito importante, fortalece a equipe”, pondera a estudante Amanda Topanotti, da equipe InfoAddict. O grupo de Amanda conquistou o quinto lugar na fase estadual da OBR. Para Rodrigues, a robótica contribui para trazer novas experiências aos jovens. “Hoje em dia eles são muito imediatistas e tendem a querer desistir ao encontrar as primeiras dificuldades. Este projeto faz com que eles trabalhem a persistência em não desistir e tentar até alcançar os objetivos”, destaca o professor.
Além da parte prática, os estudantes também participam da fase teórica da Olimpíada, que testa seus conhecimentos científicos. Foram 1.659 alunos que participaram da fase 2 da prova teórica no Brasil. Dos alunos da Satc, Lucas ficou com a medalha e prata e Luiz Gustavo com o bronze. “Estamos preparando os alunos para as habilidades do Século XXI, que se baseia em trabalho colaborativo, pensamento crítico, resolução de problemas e criatividade, além da empatia e resiliência”, pondera a professora Andreia Mariot Scarduelli, coordenadora de Tecnologias Aplicadas na Satc.