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Curiosidades: tradições de Ano Novo ao redor do mundo

A maior parte das nossas comemorações estão envolvidas com tradições de muitos e muitos anos. O Ano Novo é o feriado mais antigo do mundo. Ele já era comemorado na Babilônia quatro mil anos atrás. Até 153 a.C., o Ano Novo era comemorado em 15 de março. Nesse ano, os romanos declararam dia 1º de janeiro como o Dia do Ano Novo. Julio César, quando adotou o calendário juliano em 46 a.C., manteve a data. Quando o calendário gregoriano foi implantado, em 1582, o dia 1º de janeiro continuou a ser reconhecido como o Dia do Ano Novo. Desde o início, a escolha foi totalmente arbitrária: não há nenhum motivo agrícola ou astronômico.

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O calendário gregoriano é quase universal. Mesmo em alguns países não cristãos, ele foi adaptado às próprias tradições ou adotado apenas para uso civil, mantendo-se outro calendário para fins religiosos. Alguns países ainda comemoram a passagem do ano na primavera, época de renovação das colheitas, mas vou falar mais sobre essas comemorações daqui a pouco. Em algumas culturas, o Ano Novo é também comemorado como a Festa da Circuncisão de Cristo.

 

Como surgiram os nomes dos meses do ano?

Nosso calendário é regido por deuses, imperadores e números romanos. Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano em períodos nomeados de acordo com seus deuses.

Assista a este vídeo a seguir, onde falo sobre como surgiram os nomes dos meses, depois volta aqui pra gente continuar esse papo:

 

Foi na França, em 1885, que se usou pela primeira vez a expressão “fim de século”. Em 1968, o papa Paulo 6º escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz. A data de 1º de janeiro é reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia da Confraternização Universal, ou seja, do diálogo e da paz entre os povos.

As promessas feitas na passagem de ano, tão comuns e tão descumpridas, não são uma tradição recente. Os babilônios também as faziam há quatro mil anos. Mas em vez de resolverem levar uma dieta a sério ou parar de fumar, eles juravam de pés juntos que, tão logo acabassem as festas, devolveriam equipamentos de agricultura que haviam sido emprestados por amigos.

 

Os romanos começaram a tradição de trocar presentes na véspera do Ano Novo. Eles davam mudas de árvores sagradas uns aos outros, como símbolo de boa sorte. Até hoje a tradição permanece, apesar de os amuletos serem outros (calcinhas da sorte, pingentes etc.). Algumas aderem as folhas de louro na carteira, tradição que diz ser uma forma de atrair dinheiro durante todo o ano que chega. Outras pessoas usam a técnica de usar amarelo que simboliza ouro e também serve para atrair dinheiro.

A tradição de usar um bebê como símbolo do Ano Novo foi adotada pelos gregos por volta do ano 600 a.C. Eles desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísio, o deus do vinho. O ritual era a representação do espírito da fertilidade, pelo renascimento anual de Dionísio.

Já pular sete ondas, pela tradição entrar no mar à meia-noite e fazer um desejo para cada onda que pular de frente para a água é uma forma de afastar energias negativas e trazer sorte no ano que virá. Esse hábito veio do candomblé. Para os adeptos do candomblé, o sete é um número mágico e a maré simboliza o contato com a divindade mãe de todos os orixás. O costume de vestir roupas brancas durante a passagem de ano também veio do candomblé. Na religião o branco é a cor da roupa de Oxalá, divindade equivalente a Jesus Cristo no catolicismo. Todas essas tradições tem origem nas religiões africanas e foram trazidas pelos escravos

Para os que acreditam em superstições, o costume de mastigar três sementes de romã, jogar três para trás e guardar três na carteira ajuda a trair união e prosperidade. Também, comer lentilhas atrai riquezas. Segundo a tradição, o hábito vem dos templos bíblicos quando Jacó serviu lentilhas a seu irmão Esaú. Na ocasião, Jacó propôs trocar um prato de lentilhas pelo direito de ser o primogênito de Isaque e Esaú aceitou sem pestanejar.

Com tantos povos comemorando a virada do ano em datas diferentes, foi só há 500 anos que a maioria dos países passou a celebrar a data entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. O primeiro lugar do mundo a comemorar a chegada do ano novo é a Ilha Pitt, na costa Oriental da Nova Zelândia. O último lugar, por sua vez, é Samoa, no Oceano Pacífico.

Chineses, judeus, persas, etíopes e muçulmanos, dentre outros, celebram o Ano Novo em datas diferentes do restante do mundo, pois utilizam calendários diferentes. Ao redor do mundo, as tradições de réveillon são comemoradas de forma um pouco diferente do que estamos acostumados. Como por exemplo, os italianos que a meia noite lançam coisas velhas de suas janelas para ser feliz no próximo ano, em Roma eles se reúnem na Piazza Navona e na Fontana di Trevi.

No Japão, existe uma tradição de ano novo famosa nos templos budistas chamada “Joya no kane”, os monges se reúnem para tocar um grande sino 108 vezes. Para eles, o som do sino purifica a alma e levam embora as más lembranças renovando as energias para o ano que está por vir. E as pessoas comemoram o Ano Novo em família comendo macarrão, alimento considerado símbolo de longevidade.

Na Noruega em véspera de ano novo o que não pode faltar é a famosa sobremesa tradicional de arroz doce. Para eles, esse prato simboliza sorte e abundância para o ano que chega.

Os dinamarqueses comemoram o ano novo com uma tradição bem diferente. Eles têm o costume de quebrar pratos em frente às casas de amigos, família e até mesmo da sua própria casa. Quantos mais pratos você quebra mais você estará simbolizando a amizade. Por ser pouco prática, hoje a tradição quase não é mais praticada.

Aliás, você sabia que os dinamarqueses sobem em cadeiras, pulam e brindam o Ano Novo com champanhe assim que o relógio marca meia-noite? Ao invés do tradicional peru, alguns povos servem peixe na ceia de Ano Novo. Na Dinamarca, por exemplo, a ceia é à base de peixes e batatas.

Os asiáticos pintam de vermelho as portas de suas casas no dia do ano novo. Para eles, isso atrai felicidade e boa sorte. Para eliminar as energias ruins, nas ruas há desfiles de dragões e fogos de artifício. O Ano Novo Chinês é a festividade mais importante para os chineses. Também é conhecido como o Ano Novo Lunar Chinês porque a sua data é determinada pelo calendário lunar e, geralmente, comemora-se no final de janeiro ou de fevereiro, já que varia a cada ano. Para os chineses, por exemplo, nós estamos no ano de 4715 do calendário chinês; para os judeus, estamos no ano de 5778.

Um local famoso para comemorar a virada do ano na Espanha é a praça Puerta del Sol, em Madri. Na virada, os sinos da praça tocam 12 badaladas e a cada uma delas, você deverá comer uma uva. Se conseguir comer as 12 uvas, significa que terá um ano de muita boa sorte.

Na França, quando o relógio marca meia noite, o costume francês é de cumprimentar todas as pessoas de onde você está de novo, com um beijo em cada bochecha. Para os franceses isso celebra o amor e a amizade.

Na Índia, o réveillon é comemorado mais do que em qualquer lugar do mundo. Na maioria dos estados indianos o ano novo é comemorado de acordo com os calendários tradicionais dos moradores daquela região.

Uma das comemorações mais animadas é o ano novo Bengali. Conhecido por festival das cores, a festa “Holi” é realizada no início da primavera com os locais derramando tinta uns nos outros e também água colorida.

Embora a Índia comemore com muita festa o ano novo tradicional ocidental, o Diwali (Festa das Luzes) é uma das celebrações mais simbólicas do povo hindu. Comemorado em três datas diferentes, 1º de março (sul da Índia), 1º de outubro (leste e no centro indiano) e 14 de abril (comunidade tâmil), o réveillon hindu é um momento de purificação e de afastar as forças do mal. Muitas lamparinas incensos e fogos de artifícios iluminam a festa, que é lembrada em diversos países.

O povo Mapuche, originário do Chile, celebra em 23 de junho o “We Xipantu” ou “Nquillatún”, que em sua língua significa “ano novo” ou “saída do novo sol”. É a tradição mais importante para o povo, que celebra a chegada do inverno e o solstício de inverno (dia 21 de junho), momento em que a Terra mais se distancia do sol. A cerimônia começa no dia 23 com bailes, oferendas e comidas típicas e vai até o amanhecer, quando as famílias banham-se no rio em um ritual de purificação.

Em 1995, os moradores de Talca, pequena cidade do Chile, localizada a 255 km de Santiago, iniciaram a tradição de passar a véspera do Ano Novo junto aos familiares mortos. Lá, as famílias comemoram a data no cemitério, perto das covas dos parentes. Isso já é praticado por cerca de cinco mil pessoas. As portas do local se abrem sempre às 23h45 do dia 31 de dezembro, para que as pessoas possam virar o ano ao lado das tumbas.

Na Escócia, homens e mulheres comemoram a passagem de ano com beijos… na boca! Há mais de 300 anos, na Escócia, criou-se uma canção sobre o Ano Novo chamada ”Auld Lang Syne”, que se difundiu pela Europa (principalmente na Inglaterra). Essa música fala sobre brindar com os amigos e ser grato pelo ano que passou. Trata-se de um poema escocês escrito por Robert Burns em 1788. Foi adaptada para uma tradicional melodia popular, bem conhecida em países de língua inglesa e é muitas vezes cantada para comemorar o início do ano novo. Em países como Estados Unidos e Reino Unido, é conhecida popularmente como “The Song that Nobody Knows”‘ (em português: A Música que Ninguém Conhece) porque, apesar de sua melodia ser muito conhecida, poucos conhecem a letra da canção até o final. Em 1907, Frank C. Stanley cantou uma versão da música. Abaixo, você pode conferir:

Frank Stanley – Auld Lang Syne 1907 – 2 Versions

Na Áustria, às 00:00h da virada, costuma-se jogar chumbo derretido na água e analisar as figuras criadas como se fossem uma espécie de previsão, e são guardadas como um amuleto.

Os portugueses saem às janelas batendo panelas.

Os hondurenhos jogam três laranjas – uma sem casca, uma com parte da casca removida e outra com toda a casca – debaixo da cama sem olhar. Depois, pegam a laranja que estiver ao alcance da mão. Se pegar a laranja com casca, acredita que terá sorte no ano que se inicia; se pegar a laranja com parte da casca, a crença é de que terá um ano regular; se pegar a descascada, o ano será ruim.

Já o Rosh Hashaná (em hebraico ראש השנה , literalmente “cabeça do ano”) é o nome dado ao ano-novo judaico. Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro mês do ano no calendário judaico rabínico, sétimo mês no calendário bíblico e nono mês no calendário gregoriano, ou seja, no nosso setembro.

O calendário islâmico é acompanhado por muçulmanos no mundo todo. Baseia-se no ciclo lunar e retrocede 11 dias a cada ano que passa. O ano novo representa a Hégira, migração para Medina dos muçulmanos que passaram treze anos de perseguições, torturas e assassinato em Meca. Durante as celebrações, que duram dez dias e são festejadas em muitos países árabes, realizam-se atos de compaixão e jejum.

Diversos povos indígenas, descendentes dos antigos maias, continuam seguindo seu calendário. Eles estão espalhados principalmente pelo sul do México e América Central. No dia 24 de julho é comemorado o “dia fora do tempo”, quando são realizadas meditações e reflexões para purificação do espírito. No dia seguinte, começa o ano novo.

Existe um lugar onde o Ano Novo é comemorado todos os dias. Esse lugar chama-se Pleasure Island e é um dos parques do complexo Disney em Orlando, Flórida, Estados Unidos. A cada 24 horas, os turistas saem às ruas para festejar mais um réveillon.

Os habitantes de Sidney, na Austrália, comemoram perto da famosa Ponte de Sidney. Os ingleses de Londres costumam celebrar a chegada do novo ano em Trafalgar Square. Em Paris, França, os festejos são na Champs-Elysée. Moscou, na Rússia, faz a sua festa na antiga Praça Vermelha. Os norte-americanos de Nova York se reúnem em massa em Times Square.  Em Berlim, Alemanha, a festa é no Portão de Bradenburgo. Finalmente, os cariocas celebram o novo ano pelas praias, especialmente na praia de Copacabana e os Paulistas, na avenida Paulista.

 

E finalmente a música “Adeus ano velho, feliz ano novo”

Uma das músicas mais conhecidas para cantar na passagem de ano é a clássica valsa de David Nasser e de Francisco Alves que se tornou a canção-tema do ano novo brasileiro. É a música mais famosa do Réveillon brasileiro. Ela foi feita em 1951 por Chico Alves, com letra de David Nasser.

A parte mais incrível do Ano Novo é o clima de renovação e esperança presente em cada um. É quando paramos para refletir sobre tudo o que aconteceu e planejamos como poderemos fazer do próximo ano, o melhor de todos. Que 2021 nos surpreenda com uma vida melhor. 2020 passou, mas deixou lições que ninguém vai esquecer, e este ano, com certeza não vamos sentir saudade.

Agradeço imensamente pela leitura até aqui, desejo um Feliz Ano Novo, e semana que vem tem mais! Siga-me nas redes sociais:

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