Nos últimos anos, os alimentos orgânicos vêm ganhando mais espaço nas prateleiras dos supermercados e nas casas das pessoas. Isto porque elas estão cada vez mais preocupadas com a própria saúde e o meio ambiente. Os alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de agrotóxicos sintéticos, transgênicos, fertilizantes químicos, hormônios de crescimento, anabolizantes e outras drogas, ou seja, não são usados produtos que possam causar danos à saúde dos produtores e/ou consumidores. Além disto, as técnicas utilizadas também respeitam o meio ambiente e visam manter a qualidade do alimento.
O médico Vitor Benincá afirma que os alimentos orgânicos passaram a receber a devida atenção graças às informações apresentadas pela comunidade científica. “Já temos muitos estudos que comprovam os malefícios do consumo de alimentos não orgânicos para o corpo humano. Eles trazem consigo os vestígios negativos dos produtos químicos aplicados ainda no campo. E não somente em relação aos vegetais, mas também produtos de origem animal e até produtos de beleza”, garante Benincá.
A opção do café
Diversos alimentos podem ser produzidos de forma orgânica, entre eles estão as frutas, verduras, legumes, sucos, ovos, carnes, inclusive o café. Em Criciúma, no restaurante Óssa – Cozinha Consciente, a inovação veio ao disponibilizar opções orgânicas no cardápio e, agora, aumenta este leque para atender também os apreciadores da segunda bebida mais consumida no Brasil: o café, o qual perde somente para a água quando o quesito é o consumo no país.
“Um dos nossos preceitos é que comida saudável não deve ser algo sem sabor, então prezamos pela qualidade do que oferecemos. Já aplicamos isso na nossa cartela de pratos salgados, bolos, tapiocas, mousses, entre outras opções, e decidimos melhorar a qualidade do nosso café também. Dessa forma, o cliente pode pedir um bolo sem glúten e sem lactose, por exemplo, e acompanhar com uma xícara de café orgânico, tendo a certeza de que está consumindo uma refeição 100% saudável”, destaca o sócio-proprietário do Óssa, Gabriel Lima.
Processo de qualificação
O barista profissional mestre em cafés Ricardo Ronchi explica que, para ser considerado um café orgânico, é preciso que o plantio, a colheita, manuseio e todo o processamento dos grãos de café passem por critérios especiais. “Não basta não usar pesticidas na lavoura, por exemplo. E é apenas obedecendo a essas normas que o café consegue obter as certificações de qualificação orgânica, como o Orgânico Brasil e o IBD Orgânico. Ambos são selos usados para a circulação de diversos produtos orgânicos no mercado nacional. Já para a exportação são exigidas outras certificações”, ressalta Ronchi.
Segundo ele, o Brasil é o maior produtor e exportador de café arábica no mundo – arábica é a espécie de café mais comum, usada na composição do café tradicional. “Os maiores e melhores produtores nacionais estão em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, e é de lá que devem vir os grãos que serão usados no Óssa”, adianta o barista.
O cardápio de cafés especiais variados, todos a partir de grãos orgânicos, está disponível no restaurante Óssa – Cozinha Consciente, localizado no Complexo Fitness no térreo do edifício Vieira Bastos, na rua Hercílio Luz, no Centro.