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Coletiva de imprensa detalha desaparecimento de criança em SC e encontrada em SP

A Secretaria de Segurança Pública informou que a criança está bem e em local seguro

O secretário de Estado da Segurança Pública, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 9, sobre o caso do menino Nicolas, 2 anos, encontrado nesta segunda, 8, em São Paulo, após 9 dias desaparecido.  “É um momento de grande alívio. O Nicolas está em local seguro, no Estado de São Paulo e as providências para que ele possa retornar para Santa Catarina estão sendo tomadas. Ainda não temos previsão sobre seu retorno, mas assim que chegar, sua tutela provisória ficará com a avó materna”, informou Oliveira.

O menino foi localizado após trabalho das forças policiais de Santa Catarina e de São Paulo e os trâmites da apuração continuam sendo realizados em conjunto com o Judiciário e o Ministério Público.

Para o delegado-geral da Polícia Civil de SC, Ulisses Gabriel, houve uma virada de mesa. “Tudo começou como um desaparecimento e culminou como um sequestro. O inquérito teve início dia 5 de maio e culminou no dia 8, com a localização da criança que estava com dois indivíduos. Não se tratava de um casal, mas sim, um aliciador e uma outra pessoa que teria a guarda da criança. Eles estão sendo investigados por tráficos de pessoas. Hoje serão submetidos a audiência de custódia. Existem mais dois indivíduos envolvidos e vamos buscar a prisão preventiva desses suspeitos. A partir de agora a polícia irá apurar a existência de uma rede de tráfico de crianças por trás do caso”, disse ele.

“Nossa intenção é que nenhuma criança mais passe pelo que o Nicolas passou. Precisamos acabar com essas quadrilhas que vem para cá, em busca de nossas crianças”, ressaltou a delegada Sandra Mara Pereira, que comanda a Delegacia da Mulher de São José.

Sobre o encontro de Nicolas

A quebra de sigilo do celular da mãe do bebê foi o que ajudou a polícia a rastrear o carro e prender a dupla que estava com o menino em São Paulo. A Polícia Militar de São Paulo abordou o carro onde estava a criança e a dupla que o transportava.

A perita-Geral da Polícia Científica do Estado, Andressa Fronza contou que o celular estava bloqueado. “Com nossa expertise em uma hora e meia conseguimos entregar o aparelho celular desbloqueado para a Polícia Civil”, disse.

Conforme Sandra Mara delegada responsável pelo caso, a investigação irá apurar se a mãe, de 22 anos, foi paga para entregar o bebê para a dupla. Ainda segundo a delegada, a jovem nega ter tido qualquer vantagem financeira. “A mãe disse que conheceu os familiares por intermédio de um grupo de ajuda nas redes sociais e a partir disso foi induzida a fazer a entrega”, finalizou.

 

 

 

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