Coalizão significa aliança, o acordo para alcançar um objetivo comum. Ela surge como um instrumento para a defesa de ideias que oferecerão à sociedade ganhos em todas as áreas, seja a social, saúde pública, segurança, educação etc. E ela se concretiza por meio de acordos político partidários.
Acordos legítimos, cumpre salientar.
Um governo eficiente busca implementar seus programas com eficácia e abrangência; e, para isto acontecer com agilidade, é necessário acordar para que os obstáculos sejam diminuídos.
É fundamental que hajam opositores, isto é o que garante uma democracia, a possibilidade de discordar. Porém, para um plano de ganho social relevante, é essencial que haja o maior número de apoiadores possível.
Aliar-se é a chave para a defesa de projetos importantes para o bem comum.
Para que a coalizão seja bem-sucedida deve haver alinhamento ideológico entre os partidos e a divisão de papéis precisa ser harmônica para seu bom funcionamento e eficiência.
A consistência de um governo depende muito de uma composição de alianças cirúrgicas e de ideologias semelhantes. Qualquer ruído nesta coalizão poderá empatar programas e projetos, lançando dúvidas e inseguranças dentro do próprio governo e na sociedade.
Ideologias com orientações divergentes em seus valores fundamentais acabam por abreviar a existência da aliança, uma vez que acaba se tornando impossível afinar intenções e ideias.
O indiscutível é que as coalizões são muito importantes, também, para a sociedade, pois elas abrem o diálogo entre os partidos e permitem viabilizar e implantar projetos que, sem apoio multipartidário, careceriam de atenção e factibilidade.
O fato é que: é fundamental dialogar. Sem esta possibilidade é praticamente impossível governar. Afinal, não se governa sozinho. Ser ilha, neste caso, não é o melhor caminho.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós-graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.