Depois de um encontro com a maior parte da bancada do MDB, o governador Carlos Moisés recebeu o presidente estadual do Republicanos, o deputado Sérgio Motta, na Casa d’Agronômica, tudo na quinta-feira, dia 24, e, nesta sexta, dia 25, ao final da tarde, será a vez de uma conversa com o senador Esperidião Amin, pré-candidato a governador pelo PP.
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A movimentação parece acelerada, porém não tem o ingrediente fundamental, a definição de qual sigla abrigará Moisés, fato que deflagraria o restante da construção no projeto à reeleição, como alianças e as nominatas a deputado federal e estadual ou mesmo de quem será o senador da coligação.
Ou seja, tecnicamente, neste momento, Moisés não é candidato, não tem como articular nada mais efetivo porque lhe falta um endereço partidário, uma porta que auxilie a saber com quem as demais siglas conversam e a quem estão se associando, tanto no Estado quanto em nível federal, nem adianta ter uma nominata debaixo do braço.
A última argumentação do governador é a de que sem concretizadas as federações – associação de partidos que devem atuar, ficar juntos no popular, durante quatro anos – não é possível se filiar por ora.
Há um equívoco neste raciocínio político transverso, já que se o problema agora é saber se o MDB deve estar com o União Brasil ou mais outra sigla, por exemplo, depois a conversa envolverá mais gente e outros interesses, o que dificulta o diálogo e o fechamento de acordo, que passará pelo prefeito Gean Loureiro, de Florianópolis, que pode se dizer pré-candidato ao governo, está filiado.
Emedebistas 1
Da bancada, Moisés recebeu o integral apoio e o compromisso de que só quando o MDB se apaziguar internamente haverá a conversa decisiva.
O governador passou a bola a quem de direito, enquanto namora com o Podemos, de quem o ainda não pré-candidato à reeleição parece ter se aproximado a ponto de se entrelaçar nos últimos dias, principalmente depois da ida a Brasília durante a semana.
Emedebistas 2
Os deputados estaduais do MDB já identificaram a origem da influência sobre Antídio Lunelli e o presidente Celso Maldaner, que dificulta uma solução para o impasse, e que também envolve a grande maioria dos prefeitos do partido.
É gente que estava na mesma estratégia furada de Mauro Mariani e Dário Berger, em 2018, e levou a sigla a amargar derrotas, perder o governo e ver diminuir as bancadas na Assembleia e na Câmara.
Para tanto, nem precisava pensar muito, pois até os postes sabem que o tal grupo, já famoso por estar do lado errado da história, foi um dos poucos a garantir mandato, no melhor estilo “só penso no meu umbigo”.