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‘Aquaman’ cai no cavalo de Troia e é preso pela Polícia Civil

Podia ser o roteiro de um filme de ação, com o herói atuando como vilão, mas foi a prisão de um homem de 35 anos, condenado por homicídio, conhecido pela polícia como ‘Aquaman’. Ele foi detido dentro de um condomínio de luxo.

Segundo o delegado Alexandre Fonseca, o apelido dado ao suspeito se deve ao fato de que, no dia 28 de maio de 2019, enquanto ‘Aquaman’ trabalhava como jardineiro no condomínio, três policiais estiveram no local para prendê-lo, mas antes que conseguissem, o homem fugiu pulando em uma lagoa.

O condomínio Nosso Rancho, está localizado atrás da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“Ele conseguiu fugir pulando em uma lagoa. Um salto enorme que ele deu, até com risco de vida para ele, já que caiu em pedras. Tanto que ele se apoiou nos braços, deu uma cambalhota e em seguida foi parar na lagoa. Ele nadou, atravessando-a”, disse o delegado. Durante a fuga, o homem chegou a gritar para os policiais que só iria para a cadeia morto.

A investigação seguiu e, recentemente, os investigadores receberam a informação de que, com a pandemia, a mulher de ‘Aquaman’, que é manicure, ficou desempregada e os dois passaram a morar na casa de familiares no mesmo condomínio em que o suspeito havia trabalhado como jardineiro.

Cavalo de Troia

Na última sexta-feira, 19, a Polícia Civil montou um esquema para capturar ‘Aquaman’ no condomínio. Dessa vez, com o trabalho de 30 policiais para evitar uma nova fuga cinematográfica.

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“Tivemos o controle da portaria, chamamos todos os seguranças. Uma van descaracterizada entrou realizando um procedimento semelhante ao cavalo de Troia e se posicionou atrás da casa dele. Ele percebeu a nossa movimentação, já estava de bota, bem encapotado pelo frio, e ia tentar fugir pelos fundos da casa. Mas lá dentro mesmo já foi dominado”, explicou o delegado.

Penas, até agora, chegam a 18 anos

Segundo a Polícia Civil, ‘Aquaman’ tem cinco passagens por homicídio qualificado sendo que, em duas dessas, já há condenação na Justiça. A soma das penas chega a 18 anos de prisão. Um processo ainda está em aberto e, em outro, ‘Aquaman’ também responde por roubo qualificado. Todos os crimes ocorreram em 2007. Desde então, o homem estava foragido da polícia.

Ainda de acordo com os investigadores, ‘Aquaman’ integrava a gangue Sala Vip, do aglomerado Cabana do Pai Tomás. Todos os homicídios estariam ligados ao tráfico de drogas no local.

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