Esta é uma das combinações mais comuns na história e não tem previsão de ser alterada: onde tem festa popular, há políticos em profusão, ainda mais em ano de eleição.
O senador Esperidião Amin, do PP, e o governador Carlos Moisés cumpriram à risca esta máxima ao passarem pela Festa Nacional do Leitão, em Concórdia, e tiveram a companhia de tucanos graduados, entre uma garfada e outra na iguaria que dá nome ao evento gastronômico.
Amin, acompanhado dos deputados Altair Silva e Silvio Dreveck, presidente estadual pepista, encontrou-se, entre outros, com o influente deputado Marcos Vieira, um dos tucanos mais graduados, que terá muito peso na convenção do partido nesta segunda (1º), no Plenarinho da Assembleia.
Moisés estava cercado de emedebistas, os deputados estaduais Moacir Sopelsa, presidente da Assembleia, e Valdir Cobalchini e o deputado federal Celso Maldaner, candidato ao Senado, mas teve longa conversa com o prefeito local, Rogério Pacheco, presidente estadual do PSDB.
Na prática, os tucanos até devem ir com Amin, mas os prefeitos com Moisés, o que repete a situação da maioria de mandatários de PP, PDT, PSD e União Brasil, que estão fechados com o governador embora tenham candidato ao governo.
Em dois tempos
Os tucanos se encontram em convenção, nesta segunda, mas é o encontro de quarta (3) da federação com o Cidadania que definirá o apoio ao governo, hoje inclinadíssimo a Amin, que ofereceu a condição de vice na chapa, enquanto Moisés acenou tão somente com uma das suplências de Celso Maldaner e nada de recursos para a campanha.
Estranho é que, no almoço de sexta (29) com Moisés, o prefeito Clésio Salvaro, de Criciúma, incumbido de fazer as costuras com outras siglas, não compareceu.
Ficou ruim
Agora é um dos sete irmãos do deputado Bruno Souza (Novo) que confirma as informações de ilegalidades imputadas ao parlamentar, que sempre posou de guardião da moralidade e agora ensurdece a sociedade catarinense com o silêncio desde que as informações sobre processos judiciais, que vão de fraudes à lavagem de dinheiro e à omissão de bens vieram a público.
Alguns dos supostos crimes remontam à época em que Bruno era vereador na Capital e já há processos em que os irmãos venceram em instância judicial por se sentirem lesados.
Mesmo que exista a presunção de inocência, é aguardada a manifestação do partido do deputado, reconhecido por defender valores como a transparência e a lisura no trato com o dinheiro público e a exigência de vida ilibada de seus filiados.