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Ameaças de morte e agressões entre vizinhos resulta em reunião na Prefeitura com a Polícia Civil

Ameaças verbais e físicas de um homem que importuna a vizinhança há mais de 20 anos chegou ao conhecimento das autoridades de Maracajá na manhã desta segunda-feira, dia 07, quando o prefeito de Maracajá, Anibal Brambila, a primeira-dama, Claudete Rocha Brambila, juntamente a procuradora jurídica, Nouara Nunes Gomes Ostetto, e o representante da Polícia Civil, Alexsandro Gouvêa Pereira, receberam em seu gabinete moradores do bairro Centro.

Os moradores fizeram um apelo ao chefe do Poder Executivo por estarem sofrendo muito com essa situação. Além disso, enfrentam mais problemas, como a invasão de propriedade e a criação de gado no perímetro urbano. Segundo relato dos moradores, diversos Boletins de Ocorrência já foram registrados contra o acusado, além disso ele também possui alguns processos judiciais em andamento. Contudo, ele segue desrespeitando o convívio social.

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Durante o encontro com o prefeito, os moradores relataram o sofrimento que estão passando ao ter que conviver diariamente com as ameaças, chegando inclusive a agressão grave, como relatou um dos moradores, que foi recentemente vítima do agressor.

O Boletim de Ocorrência foi registrado no último dia 28 de maio, a vítima contou que estava limpando seu carro na frente de casa, quando escutou o acusado brigando com seu neto – que é especial -, e que logo em seguida o agressor partiu pra cima dele com um facão.

A vítima conta ainda que utilizou um capacete para se defender dos golpes. O agressor ainda o ameaçou de morte, falando que se ele passasse pela estrada ia o matar e rachar sua cabeça. “Há mais de 20 anos acontecem estas agressões, sendo que na época ele chegou a ser chamado no Fórum, onde disse que não aconteceria mais, porém ele descumpriu o acordo e segue aterrorizando todos nós”, disse.

As agressões não partem apenas do homem, mas também de familiares, que ofendem as vizinhas com palavras de baixo calão, além disso, uma das moradoras também já sofreu agressão por parte da esposa e filha do agressor. “Já registrei quatro Boletins de Ocorrência, contratei um advogado para meu auxiliar, pois a situação está insuportável. Vivo com medo e presa dentro da minha própria casa, pois quando saio sou xingada e até ameaçada. Perdi até meu direito como cidadã, de ir e vir”, detalha outra moradora.

Pedido de Socorro

O medo e a indignação estavam estampados no rosto de cada morador presente na reunião. O que eles querem é poder viver em paz, no bairro que escolheram para morar com suas famílias.

Sensibilizado com a situação, e orientado pelo policial civil Alex, o prefeito Anibal Brambila e a assessora jurídica da prefeitura, tentarão viabilizar uma reunião com o Ministério Público, já está tramitando na Justiça os processos que envolvem o acusado.

Os moradores agradeceram a receptividade e boa vontade do prefeito e da primeira-dama, e aguardam que a Justiça seja feita, e que a paz volte a reinar na comunidade. “Estamos procurando ajuda do prefeito, pois somos cidadãos de bem, pagamos nossos impostos e queremos viver sem medo. Esperamos que dessa reunião saia o mais breve possível uma solução para nosso problema”, concluiu a moradora.

Ela recorda ainda que em 2020 realizaram um abaixo-assinado, com mais de 40 assinaturas, todos de pessoas prejudicadas pela família do acusado. “Entregamos na época para autoridades da segurança pública, porém não teve nenhum desdobramento. Mas, guardamos este documento e vamos levar ao conhecimento do Ministério Público”, citou.

Criação de Gado em área urbana

Além da violência contra seus vizinhos, os moradores relatam também que o acusado cria gado, colocando os animais muitas vezes em terrenos que não são de sua propriedade e transita pelas calçadas, onde os bichos defecam e sujam a via.

De acordo com o Fiscal da Vigilância Sanitária de Maracajá, Carlos Fernando Costa, foram lavrados dois autos de intimação e um Boletim de Ocorrência, para que o acusado retirasse o gado do local, porém ele não cumpriu a lei, e ainda desobedeceu a ordem de um funcionário público (Art. 330 do Código Penal). “Baseado na Lei 6320/83, que não permite a criação de animais em áreas urbanas, lavramos estes autos de intimação, mas o senhor citado desacatou a ordem, ou seja, quando a pessoa não obedeça uma autoridade de Saúde é levado ao conhecimento do Ministério Público para ser tomada as medidas cabíveis”, explica Fernando.

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