Após duas semanas internado com diagnóstico de meningite bacteriana, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, o pequeno Lorenzo, dois anos, aluno do Centro de Educação Infantil (Cei) Beato Aníbal Maria de Francia, do bairro Boa Vista já está no quarto. “Ele está acordado, mas um pouco confuso. Não temos previsão de alta”, disse a mãe, Paula Ferreira Bonassa.
No Cei, os alunos retornaram para a sala de aula, na última segunda-feira, após a limpeza solicitada pelos pais em concordância com a direção. Isso tudo aconteceu após a internação de Lorenzo e a morte de uma aluna um ano e dez meses. “Tudo voltou ao normal. No total são 255 crianças, sendo que a maioria está frequentando o Cei”, informa a diretora, Juliane Borges.
Conforme Renata Manique, nutricionista do departamento de educação infantil da Afasc, a higienização foi realizada em forma de mutirão, seguindo a orientação repassada pela Vigilância Sanitária, utilizando água, sabão, álcool 70 e hipoclorito de sódio.
“ Na sexta-feira, cada profissional trabalhou em sua sala de aula, higienizando os pertences, retirando todas as cobertas, travesseiros, lençóis, fronhas, toalhas que foram levados para lavanderia. No sábado, funcionários, a comunidade e uma equipe da prefeitura, fez a higienização externa. Após isso, a Vigilância voltou ao CEI par verificar se a equipe seguiu o protocolo, e assim liberou para funcionamento na segunda-feira”, disse Renata.
Meningite é debatida na Câmara
O assunto foi um dos temas da sessão de segunda-feira, na Câmara de Vereadores de Criciúma durante o Horário Político. A enfermeira do setor de agravos da Vigilância Epidemiológica Rudneia Recco e a infecto-pediatra Fernanda Lucca, explicaram todos os trâmites adotados pela vigilância. “Estamos em alerta, mas não podemos falar em surto”, comentou Rudneia.
Elas também apresentaram os números de notificações da doença por faixa etária na cidade, divulgados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e falaram sobre prevenção.
Sintomas
Entre os sintomas da doença estão, febre alta, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca (o doente não consegue abaixar a cabeça) e, às vezes, manchas avermelhadas na pele. Nos bebês, os sintomas causam muita irritação, choro e abaulamento da fontanela (moleira).