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Alerta: 70% dos casos de violência doméstica envolvem dependentes químicos em Criciúma

Reunião entre MPSC e Município de Criciúma alinhou práticas relacionadas a dependentes químicos e portadores de transtornos mentais na prevenção da violência doméstica

Cerca de 70% dos casos de violência doméstica contra mulher, em Criciúma, envolvem dependentes químicos, em especial, na violência perpetrada por filhos contra suas mães. Os dados foram repassados pela 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma. Por isso, uma reunião entre o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e o Município de Criciúma buscou alternativas e, também, alinhar os fluxos de trabalho em situações que envolvem os dois órgãos, tanto nos processos judiciais relacionados aos agressores como no apoio às vítimas.

Além da 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma, que trata de casos de violência doméstica e familiar, participaram do encontro asPromotoria da Cidadania e as Promotorias Criminais da Comarca. Para o Promotor de Justiça, Samuel Dal Farra Naspolini, a aproximação dos órgãos favorece a comunidade em geral porque otimiza a prestação de serviço e entrega à sociedade respostas mais rápidas e efetivas.

“Nós debatemos os serviços prestados pelas secretarias de Saúde e Assistência Social aos dependentes químicos e portadores de transtornos mentais. Muitas vezes essas pessoas se envolvem em atos de violência doméstica e com a reunião nós definimos uma série de encaminhamentos que vão desde a sugestão imediata, em audiências de custódia, da apresentação dos agressores dependentes químicos para acompanhamentos do CAPS, até uma tramitação mais célere daqueles casos que demandam internação com avaliação médica”, explica o Promotor.

O encontro também serviu para aproximação das equipes, conhecimento por parte dos Promotores de Justiça, de todos os mecanismos utilizados pelo Município e ainda para o alinhamento do fluxo de comunicação entre o MPSC e as equipes do CAPS.

“A reunião foi muito produtiva, principalmente para promover a troca de ideias e experiências entre a rede e as Promotorias de Justiça, para entender a atuação prática feita e para melhorarmos a abordagem e as formas de contato”, pontuou a Promotora de Justiça Jessica de Souza Rangel Fernandes, que também participou do encontro.

Reunião entre MPSC e Prefeitura de Criciúma buscou alinhar as práticas e o fluxo de atendimento de casos de violência doméstica e dependência química – Foto: Divulgação/MPSC

Casos de dependência química são motivo de alerta

O tratamento de dependentes químicos e a explosão de casos de drogadição são motivos de alerta no Município de Criciúma. Representantes das secretarias de Saúde e Assistência Social expuseram as preocupações no encontro.

“A gente precisa alinhar as condutas e conceitos para que possamos ter uma resolutividade no atendimento a essas pessoas que estão nessa situação. Essa reunião foi extremamente importante para que a gente possa realmente prestar um trabalho de excelência. Hoje a gente vive uma situação bastante alarmante em relação à dependência química e nada melhor que unir esforços para que se possa realmente dar uma solução e encaminhamento saudável para essa situação”, afirmou a Gerente Municipal da Saúde Mental do Município de Criciúma, Ana Losso.

O Promotor de Justiça Ricardo Figueiredo Coelho Leal, o Secretário Municipal de Assistência Social, Bruno Ferreira, e funcionários das secretarias de Saúde e Assistência Social de Criciúma também participaram do encontro na última sexta-feira, dia 31.

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