Notícias de Criciúma e Região

“A saída é a mudança da política de preços e privatização”, diz ex-presidente da Fetrancesc e pré-candidato

Ari Rabaiolli visitou o Portal Litoral Sul e falou sobre diversos temas ligados ao transporte de cargas, área que atua há mais de 30 anos

“A saída é a mudança da política de preços e privatização”. A fala é do ex-presidente da Fetrancesce e pré-candidato da deputado federal pelo PL, Ari Rabiolli. Com os sucessivos aumentos do diesel, para ele, esta é a solução para que o transporte de cargas não siga amargando prejuízos.

📲 Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.

“O Brasil tem problemas sério. Para nós não faz sentido seguir a política de preços (dos combustíveis) da variação do dólar porque sabemos que em torno de 70 a 80% da produção da Petrobras tem custo em reais. A folha de pagamento é em reais. Faria sentindo se tivesse, por exemplo, um mix: ‘ A inflação é 12% e vamos reajustar 15 -16% já que 20 a 25% nós importamos, temos esse custo a mais’. Para nós a política de aumento precisa mudar. Precisamos pensar, também, em privatizar a Petrobras e acabar com o monopólio. O lucro líquido da Petrobras foi o dobro da maior petroleira dos Estados Unidos”, comenta Rabiolli em visita ao Portal Litoral Sul.

Com 32 anos de atuação no ramo do transporte e após seis anos a frente da Fetrancesc, Rabiolli destaca que o momento é crítico. Após os sucessivos aumentos do diesel ocorridos após a Pandemia da Covid-19 e da guerra entre Ucrânia e Rússia. Principalmente, pelos embarcadores não conseguirem repassar os valores ajustados dos fretes. Já que os insumos, também, estão aumentando.

“Muitos preços dobraram, do caminhão, do diesel, do pneu, do carro, enfim diversas comodities com alumínio, o aço que são componentes usado na fabricação de implementos. Todos estão na mesa dificuldade, sofrendo da mesma forma, por isso a resistência dos embarcadores em repassar o valor dos reajustes. Com isso acredito que o mercado de transporte vai sofrer, vai ter prejuízo acumulado e muitos não vão conseguir pagar seus impostos. Não era esperado, nós não contávamos com a pandemia e a guerra, isso interfere muito”, ressalta o pré-candidato.

Em busca de melhor infraestrutura nas rodovias

Com muitos anos de experiência no setor dos transportes, Rabiolli destaca que Santa Catarina tem diversos problemas na questão da infraestrutura rodoviária. “O transporte rodoviário de cargas ele historicamente representa 60 a 65% do que se produz, mas na minha visão é 100%. Porque tudo passa pelo caminhão. Por isso com certeza, além da política de aumento dos combustíveis, a infraestrutura é um problema que temos que vem de anos”, comenta o pré-candidato.

Um exemplo, segundo ele, é a BR-101 norte que não tem um projeto de ampliação e apresenta diversos gargalos. “Estado de SC tem uma situação grave nas rodovias a mais de 20 anos. A BR-101 norte até palhoça não teve programa de ampliação de médio e longo prazo. Não pensaram no crescimento orgânico e da vinda do porto de Navegantes depois. Uma ponte em Balneário Camboriú saiu agora, 20 e poucos anos depois da duplicação. Tem um estudo da Fiesc que a BR-101 do futuro precisaria de investimento de R$3,5 bilhões para deixar a BR-101 norte sem gargalos”, analisa Rabaiolli.

 

 

Você também pode gostar