A dança dos deputados que seguem para outras siglas
Desta quinta-feira, dia 3 até 1º de abril, data sugestiva, pelo menos seis deputados estaduais devem trocar de partido ou ingressar em uma sigla, mesmo que à espera das federações ou fusões de siglas.
Na Assembleia, a janela prevista no calendário eleitoral, seis meses antes do pleito em outubro próximo, faz com que a ausência de risco de perda do mandato leve Ana Caroline Campagnolo e Jessé Lopes, ambos do PSL (que virou União Brasil com a fusão com o DEM), a seguir para o PL, do presidente Jair Bolsonaro, enquanto o companheiro de bancada Felipe Estevão deva ir para o PTB, com quem mantém conversas avançadas.
Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.
Nazareno Martins, eleito pelo PSB, quando estava nas mãos dos Bornhausen, devera migrar para outra sigla, até porque o rumo do partido é apoiar Lula à Presidência, indicar o vice na chapa, com as bênçãos do senador Dário Berger e do ex-deputado Gelson Merisio.
Nazareno deve acertar a ida para o Podemos, partido presidido pelo filho dele, o ex-prefeito de Palhoça Camilo Martins,
As dúvidas recaem sobre a deputada Paulinha da Silva, que fez história no PDT, acabou expulsa da sigla e seguirá o governador Carlos Moisés para um novo endereço partidário, e o deputado Maurício Eskudlark (foto, na sessão desta quarta-feira, dia 2), primeiro vice-presidente da Assembleia, que está desconfortável no PL e deve se aproximar do Podemos.
Na atual legislatura, Bruno Souza já trocou o PSB pelo Novo; Sargento Lima garantiu a saída do PSL para o PL, Kennedy Nunes saiu do PSD e preside o PTB, Laércio Schuster está no Podemos, depois de esgotar a vida política no PSB, e o coronel Onir Moccelin antecipou a saída do PSL e foi para Republicanos, enquanto somente Ricardo Alba manteve-se na mesma sigla e garantiu espaço no União Brasil.
Em Brasília
Na Câmara, a expectativa é a de que cinco parlamentares da bancada catarinense façam o mesmo caminho e troquem de siglas.
As motivações são variadas, mas o maior contingente está entre os bolsonaristas Caroline de Toni, Coronel Armando e Daniel Freitas que deixam o PSL, não embarcam no bonde do União Brasil, e seguem o presidente da República rumo ao PL.
Futuro diferente de Hélio Costa, hoje no Republicanos, de malas prontas para assinar ficha no PSD.
Já a deputada Carmen Zanotto, do Cidadania, que fechou a federação com o PSDB, aguarda os acontecimentos, embora tenha recebido vários convites de outras siglas.
No dia 12, haverá o Congresso Nacional do Cidadania e, neste dia 5, o encontro estadual da sigla.
Na atual legislatura na Câmara, como mostra o levantamento, 39 parlamentares mudaram de partido antes mesmo de iniciado o prazo da janela.