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Bico oficial: Associação de Militares sugere buscar outra medida

Entidade emitiu nota oficial nesta sexta-feira, dia 28

A implantação do “bico oficial” para policiais atuarem nas escolas nas horas de folga, como vigilantes, visando à segurança escolar, sugerida pelo governador Jorginho Melo, ganha reforço no posicionamento contrário. Depois de entidades da segurança privada, foi a vez da Associação de Oficiais Militares do Estado de Santa Catarina (ACORS) se manifestar. Em Nota Oficial, nesta sexta-feira, dia 28, a entidade coloca que o modelo pode inclusive comprometer a atividade das corporações, devido à sobrecarga das guarnições.

No último dia 19, em entrevista à imprensa, o governador falou sobre a implantação do “bico oficial” para policiais atuarem nas escolas nas horas de folga, como vigilantes, visando à segurança escolar. “A ACORS entende o caráter emergencial imposto diante de fatos recentes que desencadearam a medida, mas entende também que é necessário considerar outras alternativas para que não haja prejuízos futuros, tanto para as corporações e o estado, quanto para a sociedade”, assinam os oficiais em parte do comunicado.

Confira na nota na íntegra:

NOTA OFICIAL SOBRE A MEDIDA INTITULADA “BICO OFICIAL”

Após análises e discussões internas, a ACORS – Associação de Oficiais Militares do Estado de Santa Catarina vê com preocupação o modelo proposto pelo governo do Estado para a segurança das escolas intitulado “bico oficial”.

A medida traz, em si, a possibilidade de militares extrapolarem seu período de trabalho, levando as corporações à sobrecarga, de modo a acarretar outros problemas causados pela privação de descanso. Este ônus pode, ao final, provocar problemas no próprio cumprimento da atividade fim das corporações, que é garantir a segurança de todos os cidadãos.

A ACORS entende o caráter emergencial imposto diante de fatos recentes que desencadearam a medida, mas entende também que é necessário considerar outras alternativas para que não haja prejuízos futuros, tanto para as corporações e o estado, quanto para a sociedade.

Neste sentido, se coloca à disposição para auxiliar nos estudos que estão sendo realizados pela Polícia Militar sobre o tema e buscar soluções que garantam a segurança nas escolas, buscando caminhos para a resolução do problema sem comprometer a saúde dos profissionais da segurança pública e sem desguarnecer a sociedade de um serviço extremamente necessário às comunidades, que é a segurança pública.

Leia mais: Fala de governador sobre “bico oficial” gera reclamação de Empresas de Segurança Privada

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