Servidor que atropelou motociclista recusou teste do bafômetro
Prefeitura abriu um Processo Administrativo Interno e irá investigar o caso
O motorista de um veículo Ducato, da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma, que se envolveu em um acidente que vitimou Adrian Guimarães Bernardo, de 22 anos, estava em horário de trabalho e recusou realizar o teste do bafômetro para a Polícia Militar (PM). O Governo abriu um Processo Administrativo Interno e irá investigar o caso.
A colisão ocorreu na tarde do último sábado, dia 25, no cruzamento entre as Avenidas Universitária e Assembleia de Deus, no bairro Santa Luzia, em Criciúma. O veículo da DTT seguia pela avenida Universitária, quando entrou na Avenida Assembleia de Deus e acabou colidindo contra a motocicleta.
Após o acidente, o condutor teria fugido do local do ocorrido. “O motorista relatou que após a colisão, acelerou o veículo pois se assustou, mas depois voltou ao local espontaneamente. Já uma testemunha que presenciou o acidente, foi atrás do motorista e parou ele, pedindo para que retornasse ao local. No momento, o condutor disse que não havia sido ele. A testemunha então mostrou o carro amassado e assim então ele concordou em retornar”, explicou o delegado Flávio Gorla, que estava de plantão na Central de Flagrantes da Polícia Civil.
Ainda de acordo com Gorla, antes de atingir a moto em uma colisão, o motorista da Ducato chegou a cortar a frente de outro veículo. O delegado explicou que o motociclista foi jogado para o para-brisa do veículo, que acabou quebrando, escorregou e caiu de joelhos no asfalto e quando testemunhas do acidente foram socorrê-lo, ele já estava morto.
O funcionário da DTT, foi preso em flagrante. “Ele não exerce atividade de motorista e não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para condução daquele tipo de veículo. Ainda o vidro do veículo estava escurecido, o que pode ter dificultado a visibilidade do condutor”, relatou.
Segundo consta no boletim de ocorrência da PM, no momento do acidente o motorista da Ducato apresentava sinais de sonolência, sendo oferecido o teste do bafômetro, mas o condutor se recusou a realizar. O veículo estava com a documentação atrasada e foi apreendido.
Após a prisão do envolvido, o Ministério Público se manifestou pela concessão de liberdade provisória com a fixação de medidas cautelares. A 2ª Delegacia de Polícia Civil está investigando o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Leia mais: