Conhecer a realidade local é fundamental para o bom desenvolvimento de uma campanha política eleitoral. É esta inserção na realidade da comunidade, que permite ao candidato(a) e sua equipe, desenvolverem com maior eficiência os planos de governo e humanizar a candidatura.
O desconhecimento acerca do cotidiano da população impede que uma estratégia direcionada e eficiente seja traçada. E, sem uma estratégia eficaz, tchau tchau sucesso nas urnas.
Campanhas bem planejadas atendem às necessidades da população, uma vez que expõem e destrincham as maiores demandas, dilemas e interesses daquela comunidade.
E para conhecer, imprescindível ir até as ruas da cidade, distrito ou bairro, e vivenciar àquela situação. É preciso conversar, ouvir com atenção, entender o que o cidadão quer e precisa. Imagens ilustram mas a realidade, nua e crua, torna-se indelével.
Ao político não é plausível o distanciamento da comunidade. Trocar as andanças pela jornada unicamente online separa, afasta, transmite desinteresse, e isto é muito perigoso.
Embora a tecnologia seja uma ferramenta essencial, o corpo a corpo pelas ruas da comunidade é o que humaniza uma candidatura, é o que permite ao eleitor sentir-se mais próximo de seu candidato(a), trazendo a sensação de pertencimento. Sem este impacto, não há identificação. Sem identificação, não há motivos para votar.
Uma campanha precisa ser humanizada.
Ganhar a confiança do eleitor não é uma tarefa fácil atualmente. Há casos de coronelismo disfarçados? Sim. Seria leviandade dizer que não, porém não são mais como antigamente. Hoje, o eleitor quer sentir identificação, quer ver no(a) candidato(a) um pouco de si, quer ter a certeza de que é a escolha certa, quer que seu/sua representante seja alguém de valores similares aos seus.
E qual a melhor maneira de firmar esta conexão? Caminhando pelas ruas da comunidade, se reunindo com as pessoas, estando aberto ao diálogo, participando de grupos de conversa; interagindo com os cidadãos, lá nas ruas do bairro.
Entre alguns dos sinônimos para a palavra político encontram-se termos como: cortês, urbano, civil, agradável, etc. Olhando para cada um deles, é certo dizer que: o político não pode perder esta essência, esta urbanidade, jamais; sob pena de desconectar-se totalmente de seu propósito inicial, o de tornar a vida da comunidade melhor.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.
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