Com ata registrada PSB quer fazer valer o que foi decidido em convenção
Décio Lima (PT) apresentou Bia Vargas (PSB) para ser a vice na chapa ao Governo. No entanto, os próprios representantes do Partido Socialista Brasileiro não aceitam a imposição, e querem fazer valer o que foi decidido em convenção, ou seja, que a escolha do vice deva recair entre as opções Marcilei Vignatti e Rodrigo Bornholdt. A alegação do Partido é de que Bia Vargas, desejada por Décio, se inscreveu fora do prazo e não poderia fazer parte do debate. A situação tem criado um clima tenso entre as partes. Tanto, que o PSB decidiu registrar a ata da convenção junto ao Sistema de Registro de Candidaturas (Candex), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A exigência é de que se cumpra o estatuto partidário. Portanto, que seja mantida a decisão convencional para a composição do cargo de vice na chapa com Décio Lima, ao Governo de Santa Catarina. A coligação é formada pelo PT, PV, PSB e PCdoB, distante da ideia suprapartidária, pensada inicialmente.
Fora do prazo
Bia Vargas até protocolou ofício na sede do partido no dia 1º de agosto de 2022. Eis a questão que entrou no debate: o prazo. Segundo edital publicado pela comissão executiva do PSB, em 15 de julho, todos os filiados interessados em concorrer em algum cargo público, tinham até do dia 28 de julho para, através de requerimento, se inscreverem. No caso do advogado e ex-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt, o nome dele estava referendado desde 12 de fevereiro, a partir de definição tomada por congresso do partido em Joinville. A vereadora Marcilei Vignatti, de Chapecó, teve o nome igualmente aprovado por congresso na cidade dela, em 19 de fevereiro de 2022. Para concluir, Bia Vargas só apresentou o nome para a comissão provisória de Içara, quatro dias antes da convenção, fora do prazo disposto no edital. É por isso que a cúpula do PSB está brigando. O presidente da executiva, Cláudio Vignatti expressa que quer fazer valer a autonomia do Partido, dentro de uma política legal, para a tomada de decisões, e rejeita qualquer tipo de interferência externa.
MDB reúne executiva e encaminha futuro
MDB também tem muito a resolver internamente. Há divisões que precisam ser ajustadas. Nem todos, dentro da sigla estão de acordo no acompanhamento a Carlos Moisés. Seja como for, a partir do que foi decidido na convenção, a sigla agora se debruça para dar a melhor forma aos encaminhamentos eleitorais, tratando, por exemplo, das vagas de suplência ao Senado, e qual será a participação no Governo, caso a chapa tenha sucesso nas eleições. O presidente Edinho Bez foi quem conduziu a reunião, na sede do diretório estadual, em Florianópolis, nesta última segunda-feira (8). Entre as definições, a autonomia dada ao indicado ao senado, o deputado federal Celso Maldaner, no caso da definição dos suplentes, o que deve ser decidido em conjunto com o governador Carlos Moisés (Republicanos). Em suma, o alinhamento da participação do MDB no pleito, deverá ser a tônica dos debates, de forma antecipada. O Partido não quer deixar nenhuma aresta para o depois. Quer, acima de tudo, uma participação ampliada de suas lideranças.