Vacinação de professores contra Covid: saiba o que foi definido em audiência na Alesc
Na oportunidade foi destacado que os estados de São Paulo, Espírito Santo e Maranhão, além de dezenas de cidades brasileiras, já iniciaram a vacinação dos profissionais da Educação
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa vai encaminhar ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e aos secretários municipais de Saúde um documento cobrando uma definição da data para o início da vacinação dos trabalhadores em educação contra a Covid-19. Esse foi o principal encaminhamento da audiência pública realizada na tarde de ontem, 13, na Alesc, com a presença de representantes das secretarias de estado da Saúde e da Educação e de entidades que atuam em defesa dos professores.
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A presidente da Comissão de Educação, deputada Luciane Carminatti (PT), destacou que a decisão da data depende de uma comissão bipartite, que reúne os secretários municipais de Saúde e o governo do estado. “Esperamos que essa decisão venha logo. Vamos pressionar. Santa Catarina foi o primeiro estado a abrir as escolas, junto com a abertura deveria ter ocorrido a vacina, mas já estamos no quinto mês e não veio a vacina. Se não houver pressão, vai passar a pandemia e ainda estaremos discutindo a vacinação.”
A deputada lembrou que a audiência foi solicitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) e pela Articulação Catarinense por uma Educação do Campo (Acecampo) à Comissão de Educação. Ela destacou ainda que o PT foi autor do Projeto de Lei 2/2021, em tramitação, que inclui a categoria como grupo prioritário no plano estadual de imunização para receber a vacina antes do início das aulas presenciais em todo o território catarinense.
Também foi destacado que os estados de São Paulo, Espírito Santo e Maranhão, além de dezenas de cidades brasileiras, já iniciaram a vacinação dos profissionais da Educação. Durante a reunião que durou cerca de duas horas, vários líderes de entidades representativas dos professores criticaram o retorno às aulas presenciais e a falta de um cronograma de vacinação dos profissionais da Educação.
Censo estadual
O secretário-adjunto de Estado da Saúde, Alexandre Lencina Fagundes, informou durante a reunião que o secretário, o médico André Motta Ribeiro, viajará a Brasília para solicitar nos ministérios mais doses de vacinas para atender os trabalhadores em Educação. Ele informou que todos os profissionais da Educação, desde merendeiras, motoristas de transportes, vigias, administrativos e professores estão no grupo prioritário para a vacinação. Ele adiantou que a previsão é de que a vacinação poderá começar em junho, mas sem data oficial, e sugeriu que estes profissionais se vacinem contra a gripe, que visa imunizar contra o vírus Influenza, devido haver um prazo de 14 dias para poderem receber a vacina contra a Covid-19.
O superintendente de Vigilância em Saúde (SUV) de Santa Catarina, Eduardo Macário, obervou que a vacinação em paralelo dos professores não foi realizada devido à falta de número total dos profissionais que atuam nas redes municipais, estadual e particular de ensino. Ele disse que esse levantamento foi encerrado essa semana e que agora há como iniciar estudos para essa vacinação. Observou ainda que ocorreu uma alteração por parte do Ministério da Saúde sobre a definição da vacinação, que antes previa 250 mil doses por mês para a primeira dose, mas que agora foi alterada para ser dada a segunda dose.
O secretário-adjunto da Educação, Vitor Fungaro Balthazer, informou que a pasta já definiu os critérios para vacinação de todos os profissionais em Educação. Os primeiros a receber a vacina serão os professores que atuam em aulas presenciais na educação infantil e especial, em seguida os técnicos, administrativos e pedagógicos das escolas. Depois serão os profissionais que atuam no ensino fundamental, nos anos iniciais e finais, médio e superior de todas as redes de ensino. Por final, os profissionais dos grupos de risco e que atuam em Ensino a Distância.
Representando o Sindicato das Escolas Particulares do Estado de Santa Catarina (Sinepe/SC), irmã Ana Aparecida Vieira, também cobrou a vacinação dos professores, mas salientou que as escolas particulares defendem as aulas presenciais e que desde o ano passado todas estão com protocolos de segurança contra a Covid-19. “A escola é local seguro de baixa propagação do vírus”, defendeu.