O estilista Vânio Tomé encontrou na confecção de máscaras de tecido e personalizadas uma forma de se reinventar no ofício inicialmente interrompido pelo período de quarentena. Ele começou a produzir máscaras devido o pedido de amigos e pesquisou modelos diferenciados dentro do que foi recomendado pelo Ministério da Saúde.
“Estou saindo do tradicional. Faço de coelhinho da Páscoa, a boca de dinossauro, personagem de mangá Naruto, enfim eu trabalho de acordo com o pedido de cada cliente”, diz ele. O valor varia de R$5, 00 até R$10,00.
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Assim como Vânio, uma pequena empresa familiar que produz lingerie, no bairro Cidade Mineira Nova, sem querer se readaptou as mudanças na economia provocada pelo avanço da Covid-19. A empresa passou a produzir máscaras de tecido 100% algodão, como também em tricoline, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde.
A primeira delas foi lançada na última quinta-feira final da tarde, sendo que até esta segunda-feira, 6, já foram feitas em torno de 300 máscaras. A proprietária Elisangela Cristina Rocha da Costa, conta que a intenção não era comercializar, mas sim, produzir máscaras para as suas revendedoras e amigos. Mas para sua surpresa, ao anunciar no grupo de WhatsApp tiveram início as encomendas.
“As revendedoras passaram a pedir em maior quantidade e também revender. Nossa ideia era fazer doação, mas como a empresa é pequena, não teríamos como arcar com o custeio de toda essa produção. Com isso fizemos no valor de R$2,00 para todos terem acesso”, conta ela.
Como essa nova demanda, Elisangela espera trazer de volta três funcionários que precisou dispensar. “ Tudo isso chegou em boa hora e veio para ajudar, mesmo com essa situação conseguimos uma estratégia para nos mantermos em pé. Sem lucro, mas tentando nos manter”, disse ela. Encomendas por ser feitas pelo telefone (048) 9 9141-1879.
A manicure Bruna da Silva Florenrino, está utilizando as máscaras feitas pela empresa de Elisangela para trabalhar, como também revender. Para ela está sendo um ganho extra. “Como atendo várias pessoas achei importante vender máscaras também para me proteger e proteger as clientes. Somente nesta tarde de segunda-feira, já saíram 25 máscaras e tem muita gente encomendando”, finaliza satisfeita.
Afasc entrega kits para mães- costureiras fazerem as suas máscaras
As mães-costureiras que tem interesse em produzir máscaras para sua família, podem adquirir seus kits disponibilizados pela Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), na sede da entidade no bairro Pio Correa. Antes, devem fazer o cadastro pelo telefone (48) 9 9145-3096.
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A produção dos kits conta com a colaboração da primeira-dama, Adriana Salvaro e da vice-dama, Robinalva Ferreira. “Estamos com um grande número de pessoas interessadas, por isso é necessário nos organizarmos quanto a distribuição. Vale lembrar que a produção dos kits dependerá da chegada das doações de materiais como TNT, elástico e pares de luva”, informa Adriana.
Nesta manhã, 6, a equipe do Centro de Convivência da Terceira Idade e Clube de Mães em parceria com empresas de confecção da região, produziu jalecos para os profissionais da área de saúde e máscaras para os trabalhadores da Prefeitura Municipal, que estão voltando gradativamente a suas atividades.
Uma pequena confecção foi montada dentro do Centro de Convivência, onde são realizados trabalhos de corte, costura, acabamento e entrega dos materiais produzidos. A meta é produzir nessa primeira etapa 15 mil peças.