Para sensibilizar a comunidade interna e externa da Unesc sobre os tipos de violências contra o idoso, como denunciar e prestar cuidados sem violência, o curso de Enfermagem e o Núcleo de Prevenção à Violências e Promoção da Saúde ( Nuprevips) – uma parceria entre Secretaria de Saúde de Criciúma e a Universidade – realizaram uma ação nesta quinta-feira, no campus universitário, com concentração nas Clínicas Integradas. A iniciativa faz alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, lembrado em 15 de junho.
A coordenadora adjunta do curso de Enfermagem da Unesc, Neiva Hoepers, conta que a data e foi instituída em 2006 pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência contra Pessoa Idosa. O objetivo da data é criar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra pessoa idosa, e simultaneamente, disseminar a ideia de não aceitar essa situação como normal. A violência contra a pessoa idosa é, e deve ser entendida, como uma grave violação dos Direitos Humanos”, afirma.
A ação fez parte das atividades do Junho Violeta – Violetas contra a violência: dignidade e respeito a pessoa idosa, campanha que diz que “ao invés de violentar, dê uma violeta ao idoso como sinal de gratidão”. Além do material informativo, as pessoas receberam fitas da cor violeta, em alusão à campanha.
Segundo a psicóloga do Nuprevips, Sílvia Nagel Hülse, os dados que se têm acesso sobre violência contra o idoso não costumam corresponder à realidade, porque a maioria das ocorrências não é notificada. Por isso a importância da denúncia (quem denuncia não precisa se identificar) e da atenção de vizinhos e familiares dos idosos para qualquer situação fora da normalidade. “Os profissionais de saúde têm um olhar mais atento sobre o assunto. Quando chegam idosos até eles, percebem alterações físicas e emocionais, por exemplo. Mas nem sempre estas pessoas chegam até os serviços de saúde”, comenta.
Tipos de violência contra o idoso
Física: Uso da força física de forma intencional com o objetivo de ferir ou lesar uma pessoa;
Negligência/abandono: É a omissão por famílias ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social do idoso. Privação de medicamentos, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor são alguns exemplos dessa violência. O abandono é a forma extrema de negligência.
Sexual: É qualquer ação na qual a pessoa, fazendo uso de poder, força física, coerção, intimidação ou influência psicológica obriga outra pessoa a ter, presenciar ou participar de alguma maneira, de interações sexuais contra a sua vontade;
Econômico-financeira e patrimonial: usufruto impróprio ou ilegal dos bens dos idosos, e no uso não consentido por eles de seus recursos financeiros ou patrimoniais;
Autoagressão: Conduta da pessoa idosa que ameaça a própria saúde ou segurança, como por exemplo, automutilações, suicídios ou tentativas.
Autonegligência: Manifesta-se por meio da recusa do idoso de prover a si mesmo os cuidados básicos necessários a sua saúde.
Psicológica: Corresponde a qualquer forma de menosprezo, desprezo, preconceito e discriminação, incluindo agressões verbais e gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar e restringir a liberdade ou isolar a pessoa do convívio social. Pode resultar em tristeza, isolamento, solidão, sofrimento mental ou depressão no idoso.
Serviços de atendimento e orientação à pessoa idosa em situação de violência
Nuprevips: (48) 3431-2764
Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social): (48) 3445-8925
Conselho Municipal do Idoso de Criciúma: (48) 3431-0065
Delegacia do Idoso, Criança, Adolescente e Proteção à Mulher: (48) 3433-2189
Disque 100 – Disque Direitos Humanos