Deixar cair o celular é um acidente comum para quem mexe toda hora no aparelho. Com uma capa protetora, a queda pode ser amortecida e, talvez, deixe apenas alguns arranhões. É só tirar a poeira e seguir em frente. Mas se o smartphone caiu na água, seguir a mesma receita pode ser uma armadilha.”A primeira coisa a se fazer é desligar o telefone. Mesmo que o aparelho pareça seguir funcionando normalmente. Isso porque a água se espalha, e o problema que não deu sinal imediatamente pode surgir pouco depois”, alerta Jorge Ângelo Rodrigues, um dos proprietários de uma loja especializada na manutenção de smartphones.

Ele afirma que a presença, no mercado, de equipamentos resistentes à água é cada vez maior e livra os proprietários de dor de cabeça. Esses telefones, inclusive, escapam de uma queda em água salgada, podendo ser lavados em água corrente. Mas para os demais aparelhos, o mar é, praticamente, fatal.

“Claro, pode ser um contato rápido, tipo aquela ondinha na praia que avança mais e encosta do telefone na areia. É possível que nem haja problema. Mas se teve mais contato com água salgada, é difícil, o dano do sal à placa eletrônica é muito grande”, adverte.

Mas, para a maioria dos “mergulhos” do smartphone do dia a dia, em água doce, há chance de salvar o equipamento. Mas Rodrigues alerta: é uma chance, não garantia de que o aparelho voltará a funcionar. Isso vai depender do tipo de aparelho e se ficou submerso por muitos minutos.  E mesmo que se salve, a possibilidade de que a vida útil do celular diminua é grande. De qualquer forma, antes de procurar uma assistência técnica, vale tentar.

O que fazer se o smartphone cair na água

1 – Desligue o aparelho imediatamente

É evidente que se deve tirar o aparelho da água rapidamente: quanto menos contato, maior a chance de recuperação do smartphone. Aí, segure a curiosidade em saber ser houve dano ou não. Não fique testando funções, simplesmente desligue o aparelho. O risco é provocar um curto por conta da água nos seus circuitos. Se caiu na água já desligado, não ligue

 

2 – Remova o cartão SIM

Em seguida, remova o cartão SIM da operadora. Atualmente, a maioria dos celulares tem bateria integrada, que não pode ser retirada em casa. Caso o seu dispositivo tenha bateria, também a remova. Isso ajuda a evitar que os circuitos entrem em funcionamento.

 

3 – Seque com cuidado

Sem agressividade, seque o celular com uma toalha de papel ou guardanapo que absorva bem a água. Faça isso sem agitar demais o aparelho, impedindo que o líquido se espalhe demais dentro do smartphone.

 

4 – Evapore a água

Use um secador de cabelo. Jorge Ângelo Rodrigues,  afirma que a temperatura não é problema para o smartphone. Inclusive, esses aparelhos são colocados em fornos quando a assistência precisa remover a bateria integrada. O ar quente vai evaporar água escondida nas entranhas do telefone. Faça por todos os lados do aparelho.

 

5 – Espere mais um dia

Ainda não é hora de ligar o telefone. Mantenha o aparelho desligado por, pelo menos, 24 horas.

 

6 – Último banho de ar 

Rodrigues recomenda mais uma sessão com o secador de cabelo, para evaporar eventual resquício de líquido. Depois de fazer isso por alguns minutos, recoloque o cartão SIM (e a bateria, se for o caso) e ligue o aparelho. Talvez seja preciso ligar ao carregador. Boa sorte.

 

E o arroz?

Claro que você já leu na internet que mergulhar o aparelho em grãos de arroz ajuda a tirar a umidade. Mas Rodrigues desaconselha essa prática. Ele diz que há impurezas no arroz que podem prejudicar o dispositivo. Entretanto, os relatos de que a prática dá certo são inúmeros. Para quem quiser arriscar, é opção no período de 24 horas que o telefone precisa ficar desligado.

 

Dica de ouro

– Há locais em que esse tipo de acidente é bem mais previsível de ocorrer, principalmente em férias na praia ou na piscina. Para essas ocasiões existem capas com vedação para você colocar o aparelho dentro e seguir o passeio sem preocupações de quedas em água.

*Colaborou: Gaúcha/ ZH