O drama vivido por Misleine Inácio para deixar de fumar chamou atenção do grupo que participa. Há 23 dias, ele não coloca mais o cigarro na boca, mas os primeiros dias foram terríveis por causa da abstinência. Assim também, todos os integrantes do 2º Grupo Antitabagismo lutam para deixar o vício.
O grupo formado com moradores de Balneário Rincão busca viver com mais saúde sem os problemas ocasionados pelo uso do cigarro. A terapia em grupo tem uma dinâmica de um ano, quando todos os participantes deverão ter deixado de fumar. “Colocamos toda uma equipe de profissionais a disposição para que todos consigam superar o vício”, destaca a assistente social da Secretaria Municipal de Saúde de Balneário Rincão Janaina da Silva.
Misleine relata que começou a fumar aos 14 anos e anos 16 já não conseguiu mais deixar o vício. Ela conta que após ouvir o relato de um senhor participante do grupo que falou ter largado o cigarro, se interessou e começou a participar dos encontros. Há 23 dias, após tomar o café da manhã, Misleine olhou para a carteira de cigarro em cima do criado mudo, mas resistiu e não fumou. Ela passou uma manhã terrível andando de um lado para o outro e resistiu com muito sacrifício o primeiro dia sem cigarro. “Atualmente ainda luto contra a vontade de fumar, mas já está mais fácil resistir pois passou a ansiedade inicial”, declara.
Gelson Alves revelou que não fuma há dois meses. Ele fumou por 47 anos e conta que parou após a segunda reunião do grupo. “Considerava o cigarro meu amigo, mas depois que larguei vi que era um perigo”, pontua. Ele falou que nos primeiros dias usou remédios, mas que em poucos dias já estava sem fumar de forma natural. Dona Rosimeri dos Santos ainda não conseguiu deixar o vício, mas já diminuiu o número de cigarros que fuma por dia. Antes, ela chegou a fumar quase 30 cigarros por dia e atualmente consome 10. “Conforme o dia eu fumo menos, mas o meu sonho é deixar em definitivo”, garante Rosimeri. Rosimeri afirma que a terapia do grupo está ajudando a superara ansiedade. “Está dando mais força”, garante.
A psicóloga Gabriela Mendes Rodrigues explica que o trabalho com o grupo tem duração de um ano, sendo que os primeiros encontros são semanais, passando para quinzenais e em seguida para mensais como forma de manutenção e acompanhamento. “São oferecidos dois tipos de ajuda: o medicamentoso e o não medicamentoso”, ressalta a psicóloga. Segundo ela, o grupo é acompanhado por assistente social, psicólogo, nutricionista, farmacêutico, professor de educação física, médica, enfermeira e fonoaudióloga.