Driblando a doença sem perder a autoestima. É dessa forma que vive a jornalista Tharcila Werlich, 43 anos, diagnosticada com câncer de mama em 2016. Após as sessões de quimioterapia, ela precisou fazer a mastectomia e para enfrentar o problema, teve a ideia de confeccionar próteses caseiras feitas com alpiste.
“Conheci as próteses durante a consulta com a psicóloga e achei interessante. Comprei o alpiste, peguei uma meia fina de minha mãe e fiz um par. O legal é que ficou superconfortável, fui ao centro da cidade e voltei e nem senti que estava com a prótese”, conta empolgada e revela que se redescobriu como mulher.
Animada com a nova experiência, Tharcila, hoje faz em casa as próteses de alpiste do tamanho 40 ao 54, para mulheres que ainda não estão aptas a realizar a reconstrução mamária e não possuem condições de comprar próteses de silicone. “Eu entrego nos hospitais aqui da cidade e as psicólogas fazem a abordagem. Vou fazer uma doação para o Hospital do Câncer de Curitiba, a Casa de Apoio Maria Teresa recebe, como também, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, entre outras entidades”.
No total são necessários 4,5 kg de alpiste para confeccionar oito próteses, e com alguns cuidados como não molhar, deixar arejando, a prótese pode durar até um ano. “Eu ganho meias, faço a higienização, ganho os alpistes e entrego as próteses de graça. Faço tudo com muito carinho, pois é um momento muito difícil”, fala emocionada.
No último mês, uma novidade foi apresentada pela jornalista via redes sociais, uma etiqueta para identificar a numeração do sutiã. “Com muito carinho apresento a todos a logomarca do projeto Mamas de Amor. Um projeto da Fatorial @fatorial. info dos queridos irmãos Elaine Vilaça e Juca Vilaça, que recebi com muito amor porque sei que veio do coração desta dupla”, comentou Tharcila.
Apoio da família
O diagnóstico surgiu após exames de rotina, que identificaram um tumor na mama esquerda. Ela conta que no início foi um choque, mas com a ajuda da família vem superando a doença a cada dia. “Eu sentia meu braço inchado, onde segundo o médico já era um sintoma do câncer”, revela Tharcila. “Eu morava sozinha e voltei para casa de meus pais para ser cuidada. Foi a melhor coisa que aconteceu comigo, porque lá eu tinha que estar bem”, finaliza emocionada.
E a produção segue
Interessados em colaborar doando meias finas e alpiste, podem ligar ou adicionar via whatssapp (048) 99106 1790.
E ela ensina como fazer. Acompanhe: