Você tem consciência do papel que a imagem desempenha em sua projeção?
Somos seres visuais. Utilizamos o universo imagético para nos orientar em tudo o que fazemos. Basta falar uma palavra, citar um objeto para, mentalmente, projetarmos uma imagem equivalente. Sempre iremos buscar uma referência no universo visual.
Portanto, utilizar deste canal de comunicação é uma atitude inteligente, mais do que isto, é essencial.
Cada um tem sua própria história de vida e trazer estas informações ao código de vestir oferece identidade e ajuda a construir uma narrativa sólida, que desperta afinidades.
A moda oferece um canal de expressão para o comportamento. Ela disponibiliza meios de exteriorizar características pessoais, culturais, ideológicas, lutas sociais, posturas políticas, tudo isto através da forma de vestir e daquilo que abrange o universo visual.
Roupas são simbólicas, não meros pedaços de tecidos. O modo de vestir impacta diretamente na formação de opiniões, na possibilidade de iniciar uma relação ou aprofundá-la. Um político precisa ser capaz de abrir caminho ao diálogo e a consolidação de relações.
A roupa nos traduz totalmente?
Não, claro que não. Contudo, oferece uma ótima possibilidade de criar uma conexão com o público, demonstrando identidade, fomentando afinidades, trazendo emoção. Sentir-se identificado com a narrativa visual conecta com o coração.
O vestir posiciona.
O político capaz de se comunicar com clareza através de sua imagem pessoal amplia seu poder e abrangência.
A imagem não se resume à aparência. Porém, para que a imagem seja consolidada é fundamental que a aparência reafirme o que diz o discurso, gestos e comportamento.
É essencial ter conteúdo e indispensável comunicá-lo através de uma imagem pessoal que lhe ofereça credibilidade e respeito.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em imagem pública, personal stylist, consultora de etiqueta e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.