Vindima Goethe: descubra as delĂcias das vinĂcolas de Urussanga
Visitamos a Vinhos Trevisol, localizada na comunidade de Rio Caeté, em Urussanga. Uma oportunidade para viver e conhecer a cultura e tradições da produção de vinho.
Viver uma das experiĂŞncias mais emocionantes que a 14ÂŞ edição da Vindima Goethe em Urussanga proporciona: conhecer a tradição da produção de vinho. Durante o perĂodo da Vindima Ă© possĂvel fazer visitas guiadas nas vinĂcolas regiĂŁo. A maioria oferece o pacote completo ao turista, desde a colheita no parreiral, atĂ© a degustação dos vinhos produzidos.
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E que tal fazer algo ainda mais divertido? Esmagar a uva com os pĂ©s como faziam os imigrantes em grandes tinas de madeira, uma sensação Ăşnica. A vindima tambĂ©m oferece opções gastronĂ´micas, nos restaurantes, pubs e nas prĂłprias vinĂcolas, ou ainda fazer um piquenique Ă sombra das parreiras que nesta Ă©poca do ano estĂŁo carregadas de uva. passeio de trem, como tambĂ©m participar do circuito gastronĂ´mico. O visitante pode tambĂ©m fazer um passeio de trem Maria Fumaça. Tudo isto pode ser feito atĂ© o dia 30 desse mĂŞs.
Pensando em trazer uma ideia da Vindima aos leitores do Portal Litoral Sul, visitamos o Vinhos Trevisol, localizado na comunidade de Rio CaetĂ©. A vinĂcola de propriedade dos irmĂŁos Geraldo e Gilmar Trevisol, da quarta geração da famĂlia de imigrantes italianos, produz vinhos, sucos, espumantes e tambĂ©m criou um fondue e uma deliciosa caipirinha.
Na visita guiada, o visitante pode conhecer a histĂłria da vinĂcola, o processo de esmagamento das uvas que inicia logo cedo. Depois Ă© possĂvel conhecer a produção de vinhos, passando pelos tanques, pelo engarrafamento. A visita terminana loja, e daĂ Ă© possĂvel provar os vinhos e espumantes produzidos na Trevisol. A vivĂŞncia se completa com o merendin, preparado Ă beira do lago com vinhos e degustação de frios. “Trata-se de um lanche servido com produtos coloniais locais, sendo tambĂ©m, incluĂdo os sete rĂłtulos da vinĂcola”, explica a sĂłcia da vinĂcola, EdinĂ©ia Trevisol.
Novo nicho que deu certo
Faz um ano que a FamĂlia Trevisol investe na visitação, sendo o espaço reformulado para atender os interessados em conhecer um pouco mais sobre a produção de vinho. “O foco nĂŁo era o turismo, mas sim, entrar em redes de supermercados atĂ© que planejamos investir nesse novo nicho, que deu certo”, comemora Gilmar Trevisol.
Hoje o forte da vinĂcola sĂŁo os vinhos de mesa, tinto, rosĂ© e os brancos feitos com uvas trazidas do Rio Grande do Sul. Como bons empreendedores, conseguiram agregar mais valor ao produto, com o lançamento dos vinhos finos, como a linha Goethe, Merlot, Cabernet e Espumante. “Os vinhos bases sĂŁo produzidos na vinĂcola, já os espumantes terceirados, mas estamos trabalhando para trazer equipamentos e produzir tudo aqui, sĂł que o investimento Ă© alto”, comenta. Para o futuro, a meta Ă© de ampliar ainda mais o negĂłcio. “Temos um leque muito grande a crescer, incluindo atĂ© mesmo acomodações”, aposta.
Em fĂ©rias na regiĂŁo sul, para visitar parentes, a turista da cidade de Angra dos Reis (RJ), Janaina Kerley, aproveitou tambĂ©m, para conhecer a vinĂcola com o marido, filhos e um sobrinho. “O ambiente Ă© lindo, nĂŁo tomamos vinho, mas tĂnhamos curiosidade em conhecer o processo de produção”, disse ela.
Tradição na vinicultura
A histĂłria da famĂlia Trevisol leva consigo uma tradição na vinicultura, na qual teve inĂcio no sĂ©culo XIX, quando Pedro Trevisol chegou ao Brasil, trazendo a vontade de construir uma nova vida para sua famĂlia. Com o tempo seu filho Angelin tomou a frente na produção de vinhos ainda de forma colonial, trazendo consigo os sonhos de seu pai. ApĂłs anos de trabalho árduo na agricultura em conjunto com a vitinicultura, Angelin (já falecido) e seus filhos Geraldo e Gilmar resolveram fundar a vinĂcola formalmente em 2002.
Desde então eles se dedicam a entregar um vinho único e de qualidade prezando pelo cuidado que o patriarca Pedro tinha desde o começo, buscando um crescimento de forma sustentável sem perder a qualidade dos seus produtos.
“Crescemos em meio as parreiras na produção de vinho colonial embaixo da casa, atĂ© que resolvemos nos profissionalizar e abrir empresa. Com isso, a partir do ano 2000, resolvemos investimos na vinĂcola que atĂ© hoje considero que ela ainda nĂŁo está 100%. Hoje nĂŁo temos mais parreiras, compramos de terceiros, pois o investimento Ă© alto, mas sempre buscamos acompanhar a tecnologia. Hoje preferimos comprar as uvas de famĂlias que a gente buscou para ser parceiro”, revela Gilmar.
A matriarca, Vilma Bortolin Trevisol, 72 anos, ainda acompanha de perto o trabalho dos filhos. “Estou aqui há 55 anos e sempre lutei muito por isso. É muito bonito ver o esforço deles”, fala orgulhosa.
Como visitar
Ações como visitas Ă s vinĂcolas e experiĂŞncias ligadas ao enoturismo seguem os cuidados e protocolos sanitários devido Ă pandemia. Por este motivo, Ă© importante agendar as visitas com antecedĂŞncia. Mais informações pelo telefone (048) 3465 2813.