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[VÍDEO] Dança para ajudar na ressocialização de apenadas

Um ritmo diferente foi proposto as internas da Penitenciária Sul e do Presídio Santa Augusta de Criciúma. Elas foram convidadas a ensaiar uma coreografia que foi apresentada em um evento no presídio. A ideia teve início há um ano e partiu do Conselho da Comunidade que tem como voluntárias, Élida Feltrin, Eliane Giassi, Toti Cadorin e Silvana Lopes, com apoio da juíza titular da 2ª Vara de Execuções Penais de Criciúma, Débora Rieger Zanini.

“Foi um trabalho difícil, pois nem todas as apenadas conseguiram participar. Iniciamos os ensaios quinzenais, com 22 detentas e finalizamos com oito. A rotatividade é muito grande. Mas estou muito satisfeita com o êxito desta primeira experiência. O trabalho ficou fantástico”, considera a vice-presidente do Conselho, Élida Feltrin.

Ressocialização é o foco do projeto

O projeto foi de inserir a expressão corporal juntamente com palestras sobre auto- estima, na rotina das apenadas, com o objetivo de valorizar e estimular o relacionamento interpessoal, como também contribuir com a ressocialização. As voluntárias levaram roupas, maquiagem, organizaram a festa e viveram toda a emoção do evento.

Segundo a juíza, esta é a primeira vez que Criciúma conta com um Conselho da Comunidade, conforme ela, trata-se de um órgão previsto em lei, mas é difícil de colocá-lo em prática. “Muitas vezes as pessoas da comunidade não querem se envolver até pelo fato de ser voluntário, mas felizmente encontrei este grupo de mulheres que aceitou meu convite resolveram se engajar neste projeto”, fala satisfeita.

A juíza ainda comenta que a sociedade precisa pensar que um dia estes presos irão voltar para a sociedade, sendo que o objetivo do Conselho da Comunidade é de oferecer condições para que voltem melhores. “Principalmente que consigam um emprego e não voltem a delinquir. Caso não seja feito um trabalho de ressocialização é quase certo que haverá reincidência e aumente a população carcerária. Nosso objetivo é de diminuir os crimes e dar condições de estudo, educação e atividades lúdicas para os presos saírem da cadeia com uma mentalidade melhor. Com uma vontade de crescer na vida”, finaliza.

 

 

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