O vestuário é um grande indicador de posicionamento e deve ser utilizado como tal. E, para um político, é essencial utilizar-se de todos os meios possíveis na hora de transmitir sua mensagem.
O discurso se inicia no momento em que a escolha da vestimenta é feita. É ela que irá alavancar a imagem, fazendo com que a atenção seja toda do político, ou ofuscar o que é dito por provocar um ruído na mente dos que assistem.
O que vestimos expressa nossa personalidade, ou melhor, pode expressar nossa personalidade. Mas, para isto, precisamos ter consciência deste poderoso meio de comunicação.
Desprezar o poder da narrativa visual é amadorismo.
A roupa pode revelar aspectos importantes da personalidade, aspectos estes de profunda relevância para a formação de um conceito positivo no imaginário de seus eleitores. Como desprezar algo tão importante? Inconcebível.
Valorizar o vestir é fortalecer a consolidação da própria imagem pessoal, é abrir-se para mais uma forma de mostrar compatibilidade ou afinidade. Roupas são canais poderosos quando o objetivo é expressar o pertencimento a um grupo com valores e gostos semelhantes.
“O que você faz e a forma como você se apresenta dizem muito sobre quem você é, e esses fatores incidem diretamente no seu caminho”. (Lara Almeida)
A imagem é a fotografia mental que tiramos de alguém, sua representação, as impressões pessoais, sensações, sentimentos e opiniões que em segundos são formadas. Aliar o aspecto visual ao discurso fortalece a intenção, dando concretude às palavras.
Estratégia bem-sucedida é a que consegue despertar a emoção.
Fazer da imagem pessoal uma prévia do discurso é contar uma história se utilizando do elemento mais marcante: o visual.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em imagem pública, personal stylist, consultora de etiqueta e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.