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Varíola dos macacos: OMS recomenda vacinação para grupos prioritários

Vacina contra varíola é recomendada para profissionais de saúde, equipes de laboratório que atuam com ortopoxvírus e especialistas que fazem diagnóstico da doença

A OMS publicou na terça-feira, dia 14 novas diretrizes sobre vacinação contra Monkeypox. A vacina é recomendada para profissionais de saúde em risco, pessoal de laboratório que trabalha com ortopoxvírus, pessoal de laboratório clínico realizando testes de diagnóstico para Monkeypox e outros que possam estar em risco.

Embora alguns países tenham mantido suprimentos estratégicos de vacinas mais antigas contra a varíola – um vírus erradicado em 1980 – essas vacinas de primeira geração mantidas em estoques nacionais não são recomendadas para Monkeypox no momento, porque não atendem aos padrões atuais de segurança e fabricação.

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Vacinas contra varíola mais novas e mais seguras (segunda e terceira geração) também estão disponíveis, algumas das quais podem ser úteis para Monkeypox e uma das quais (MVA-BN) foi aprovada para a prevenção da doença .

O fornecimento dessas novas vacinas é limitado e as estratégias de acesso estão sendo discutidas, informou a OMS. “Neste momento, a Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação em massa. As decisões sobre o uso de vacinas contra varíola ou Monkeypox devem ser baseadas em uma avaliação completa dos riscos e benefícios em cada caso”, indicam as diretrizes.

Para os contatos de pacientes doentes, recomenda-se a profilaxia pós-exposição com uma vacina de segunda ou terceira geração, idealmente dentro de quatro dias após a primeira exposição para prevenir o início da doença.

Um funcionário trabalha na linha de produção de vacinas na Índia – Foto: UNICEF/Dhiraj Singh

 

OMS avalia se Monkeypox deve ser declarado ‘Emergência de Interesse Internacional’

Os especialistas se reunirão em 23 de junho para avaliar se o surto contínuo representa uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, o mais alto nível de alerta global, que atualmente se aplica apenas à pandemia de COVID-19 e à poliomielite.

Até agora este ano, mais de 1.600 casos confirmados e quase 1.500 casos suspeitos de Monkeypox foram relatados à OMS, em 39 países – incluindo sete países onde a Monkeypox foi detectada há anos e 32 nações recém-afetadas.

Pelo menos 72 mortes foram relatadas em países previamente afetados. Nenhuma morte foi registrada até agora nos novos países afetados, mas a agência está buscando verificar notícias de uma morte relacionada no Brasil.

“O surto global de Monkeypox é claramente incomum e preocupante”, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, pedindo intensificar a resposta e a coordenação internacional.

Ibrahima Socé Fall, vice-diretor de resposta a emergências da OMS, explicou que o risco de propagação na Europa é considerado “alto” enquanto no resto do mundo “moderado” e que ainda existem lacunas de conhecimento sobre como o vírus está sendo transmitido.

“Não queremos esperar até que a situação esteja fora de controle”, disse.

Monkeypox é uma infecção rara, mas perigosa, semelhante ao vírus da varíola agora erradicado

Rio tem primeiro caso de varíola dos macacos

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) confirmou nesta quarta-feira, dia 15, o primeiro caso da varíola dos macacos (monkeypox) na cidade. A vítima é um brasileiro, de 38 anos, mas que mora em Londres, na Inglaterra. Ele chegou ao Brasil no sábado, dia 11, e no dia seguinte, procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz).

As amostras clínicas foram encaminhadas ao Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que é referência nacional. O resultado positivo para a doença foi liberado ontem, dia 14.

Com informações: OMS/Agência Brasil

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