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UNESCO chancela Caminhos dos Cânions do Sul como Geoparque Mundial

A notícia, divulgada nesta quarta-feira, dia 13, representa um marco na história de sete municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

O Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul é reconhecido pela UNESCO como um território de relevância geológica internacional e passa a integrar oficialmente a Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network – GGN) como o segundo geoparque brasileiro. A chancela insere a região no mapa dos destinos que são exemplo de gestão com foco no desenvolvimento sustentável e abre portas para novas oportunidades de cooperação com outros 176 Geoparques em 46 países.

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A decisão foi anunciada pela UNESCO após a 214ª sessão do Conselho Executivo realizada nesta quarta-feira, dia 13,  que endossou a aprovação de oito novos geoparques.  A novidade foi recebida com entusiasmo pela equipe envolvida e a população do território tem bons motivos para comemorar. Os Geoparques são considerados territórios do futuro, onde as riquezas naturais e culturais se revelam como os principais recursos para a geração de novas oportunidades de renda e melhoria das condições de vida das comunidades. 

O Geoparque Cânions do Sul é formado pelos municípios de : Cambará do Sul, Mampituba e Torres, no Rio Grande do Sul;  Praia Grande, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande, em Santa Catarina. O território abrange uma área total de 2.830 km2 e cerca de 74 mil habitantes. 

O Geoparque Cânions do Sul é formado por 7 município Foto: Priscila Ventura

 

Trajetória construída em 15 anos de trabalho

Para o presidente do Consórcio Intermunicipal Caminhos dos Cânions do Sul, Carlos Souza, prefeito de Torres, a chancela reconhece a trajetória construída ao longo de 15 anos e traz um novo olhar sobre o potencial turístico da região, destacando sua importância para o mundo. “Esta conquista é resultado da mobilização de diferentes lideranças, pesquisadores, educadores, estudantes, instituições parceiras, empreendedores, equipe técnica e todos que sempre acreditaram no Geoparque. É só o início de uma nova etapa de trabalho intenso pela frente, mas que já está trazendo importantes resultados para o desenvolvimento econômico da nossa região”, destaca Souza.

No dia 21 de abril, a UNESCO apresenta os novos Geoparques em um evento digital de boas-vindas que pode ser acompanhado ao vivo pela internet, a partir das 9 horas, no canal do YouTube: Global Geoparks Network. Com isso, o Brasil passa a ter três Geoparques, sendo o primeiro deles o Geoparque Araripe, no Ceará, reconhecido em 2006, e agora os Caminhos dos Cânions do Sul e o Geoparque Seridó (Rio Grande do Norte), que recebem o título ao mesmo tempo.

Dos18 projetos avaliados pela UNESCO em 2021, oito foram aprovados, sendo os geoparques brasileiros os únicos na América Latina. Os outros seis ficam na Europa: Rise (Alemanha), Platåbergen (Suécia), Mëllerdall (Luxemburgo), Buzău Land (Romênia), Salpausselkä (Finlândia) e Kefalonia-Ithaca (Grécia).  

 

O Geoparque Cânions do Sul é formado pelos município
Um Geoparque Mundial da UNESCO deve demonstrar o patrimônio geológico de relevância internacional Foto: Juarez Furlanetto

 

O QUE É UM GEOPARQUE?

De acordo com a UNESCO: Os Geoparques Mundiais da UNESCO são áreas geográficas unificadas, onde sítios e paisagens de relevância geológica internacional são administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. 

Um Geoparque Mundial da UNESCO deve demonstrar o patrimônio geológico de relevância internacional. Além disso, seu propósito consiste em explorar, desenvolver e celebrar as relações entre esse patrimônio geológico e todos os outros aspectos patrimoniais naturais, culturais e imateriais da área. Trata-se de religar, em todos os sentidos, a sociedade humana à Terra e de celebrar as formas como o planeta e sua longa história de 4,6 bilhões de anos têm moldado cada aspecto de nossas vidas e de nossas sociedades. 

O título de “Geoparque Mundial da UNESCO” não é uma designação legislativa – porém, a definição de sítios do patrimônio geológico dentro de um Geoparque Mundial da UNESCO deve ser protegida pelas legislações locais, regionais ou nacionais. O status de Geoparque Mundial da UNESCO não implica restrições a nenhuma atividade econômica dentro de um Geoparque Mundial da UNESCO, desde que essa atividade atenda às leis locais, regionais e/ou nacionais. 

A chancela não é um título permanente. A cada quatro anos, os Geoparques passam por um novo processo de revalidação para garantir que seguem cumprindo os requisitos do Programa de Geoparques da UNESCO.

Um Geoparque Mundial da UNESCO deve demonstrar o patrimônio geológico de relevância internacional
A região está incluída no mapa dos destinos que são exemplo de gestão com foco no desenvolvimento sustentável – Foto: Gustavo Arruda
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