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Unesc pede manutenção dos recursos do artigo 170 para as universidades comunitárias

A Reitora da Unesc, Luciane Ceretta, apresentou à Câmara de Vereadores de Criciúma o pedido de apoio formal ao Legislativo de Criciúma pela manutenção da destinação dos recursos destinados pelo artigo 170 às universidades comunitárias de Santa Catarina. Ao lado do vice-reitor, Daniel Ribeiro Preve, e do presidente do DCE da Unesc, Alexandre Bristot, a reitora reafirmou a posição da universidade e das demais Instituições de Ensino Superior Comunitárias de SC contra a PEC 53/17.

A proposta, que tramita na Assembleia Legislativa, pretende redistribuir os valores das bolsas de estudos com as universidades e faculdades privadas do Estado. Pela legislação o governo do Estado deveria destinar 5% do orçamento para as bolsas, mas hoje o valor destinado é de apenas 1,5%. Eles vieram por solicitação dos vereadores Tita Beloli (MDB) e Marcos Meller (PSDB) e usaram o espaço destinado ao Horário Político.

A Unesc destina R$ 36 milhões em bolsas de estudos anualmente, sendo R$ 3 milhões do artigo 170. “O nosso pedido é para que não se coloque as demais instituições no mesmo lugar. Não dá para tratar do mesmo modo instituições diferentes. É preciso pensar, refletir e preservar o que é de cada habitante do município. ”, salientou a reitora da Unesc. Ela destacou que essa luta deve ser de cada cidadão de Santa Catarina, para que o artigo 170 seja efetivamente cumprido, e mais estudantes tenham a oportunidade de ingressar no ensino superior, sem retirar os atuais benefícios.

O tema recebeu o apoio dos vereadores presentes e o presidente da Câmara, Júlio Cézar Colombo (PSB), informou que, juntamente com os vereadores, deverá fazer um requerimento ao governo do estado para que cumpra os 5% previstos em lei e que enquanto este percentual não seja efetivado, seja suspensa a tramitação da PEC na Assembleia Legislativa.

A Unesc por seu papel comunitário realiza um trabalho de atendimento à população de toda a região em suas clínicas integradas e mais de 200 projetos de extensão. Somente nas clínicas integradas são aplicados mais de R$ 2,1 milhões todos os anos, projetos de arte e cultura, R$ 350 mil, Casas da Cidadania, R$ 270 mil, Museu de Zoologia, R$ 272 mil, totalizando mais de R$ 9 milhões nestes e outros serviços e projetos. “Por tudo isso precisamos pensar porque estamos aqui defendendo esses três milhões. Também precisamos levar em consideração que as comunitárias são as responsáveis pela formação dos professores e muitos deles com bolsas de 100%”.

O vice-reitor da Unesc, Daniel Preve, reforçou o pedido de apoio, destacando a importância do apoio das Câmaras de Vereadores. “Por isso precisamos dessa moção que apoie a destinação destes 5% para as entidades que realmente atendem a população. Se uma proposta destas for aprovada, essas verbas públicas vão acabar em grandes players de investidores fora do Brasil”, salientou.

Já o presidente do Diretório Central de Estudantes da Unesc, Alexandre Bristot, salientou que o número de bolsas sempre será proporcional ao número de atendimentos prestados pela universidade. “Quanto mais alunos e mais bolsistas maiores os atendimentos à população. Se nós temos um sul tão forte quanto poderia ser, imagine como seria sem a universidade, que tem 50 anos. Dividir o que está posto é acabar com os atendimentos que temos”, observou. A Unesc tem 13 mil alunos.

 

 

 

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