A Unesc vai levar conhecimentos e cuidados sobre AVC (Acidente Vascular Cerebral) para a praça Nereu Ramos neste sábado. Quem passar pelo local vai poder conversar com professores e estudantes da área de saúde da Universidade para conhecer a doença e participar de atividades de prevenção. A ação tem o objetivo de mostrar que é possível superar as limitações do acidente vascular cerebral e prevenir o crescimento da doença por meio da informação.
O professor do curso de Medicina da Unesc, Eraldo Belarmino Júnior, conta que em alguns casos uma dor de cabeça, tontura, esquecimento, dificuldade para caminhar, perda de força ou dificuldade de equilíbrio, pode indicar um problema cerebral e deve consultar um neurologista ou um médico de confiança.
Segundo Belarmino, prevenção também se faz com hábitos saudáveis. “Pessoas que procuram ter uma rotina de sono, ter uma alimentação saudável, exercitar o corpo de maneira adequada e com orientação e não fumar vão ter uma longevidade e uma qualidade de vida maior”, comenta o professor da Unesc. “É mais fácil parar um veículo no plano que ladeira abaixo. Se você possui fatores de risco e não se previne ou não segue orientações profissionais fica mais difícil de frear a progressão da doença. Mas se procura se cuidar através de hábitos saudáveis, consultas médicas regulares e segue orientação profissional, mesmo acometido pela doença esse veículo fica mais fácil de frear”, complementa.
A atividade faz parte da campanha de prevenção “Reerguendo-se após AVC”, ligada ao dia comemorado em 29 de outubro, o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral.
Conheça o AVC
O AVC (Acidente Vascular Cerebral), segundo o Ministério da Saúde, é a doença que mais mata no Brasil, sendo uma vítima a cada seis segundos e um total de 100 mil mortes por ano. Popularmente conhecido como “derrame”, o Acidente gera a interrupção da passagem do sangue no sistema nervoso central. Segundo Belarmino, existem dois tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico. O primeiro, causado por obstrução da circulação de sangue em um vaso no cérebro e o segundo, pelo rompimento de uma artéria cerebral, ocasionando sangramento.
O grupo considerado de risco pela doença é formado por idosos, diabéticos, hipertensos, pessoas com ameaça de AVC prévio (teve sinais, mas não teve a lesão, sendo transitório), pacientes com problemas cardíacos, alcoolistas, obesos, sedentários e fumantes estão mais propensos a desenvolver a doença.
Cuidados e tratamento
Apesar dos dados alarmantes sobre a doença, com cuidados simples é possível prevenir o problema ou mesmo minimizar as suas consequências. Sintomas como dor de cabeça, vômitos, tontura e perda de equilíbrio, dificuldade para engolir ou confusão mental podem estar associados com a doença. “Se a pessoa está um pouco confusa, peça para ela sorrir. Um desvio labial pode ser sinal de AVC. Peça também para ela te abraçar. Se ela tiver perda de força ou dificuldade para movimentar o braço, pode ser AVC. Já no caso da musicalidade, peça para ele ou ela falar ou cantar e perceba se está com a fala enrolada ou arrastada. A partir do momento que você tem algumas dessas alterações, ligue para o Samu (192) pedindo ajuda para atendimento. Estas são orientações simples e que a população deve saber”, explica Belarmino.
Unesc auxilia no tratamento
No Sul de Santa Catarina, o auxílio de reabilitação é oferecido gratuitamente pela Unesc, por meio do Centro de Reabilitação (CER), que possui profissionais capacitados para o atendimento desses pacientes. Médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros e assistentes sociais são alguns dos profissionais que trabalham de maneira integrada na reabilitação e ressocialização de pessoas que tiveram AVC.