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Unesc Challenge propõe soluções para ajudar afetados por eventos climáticos extremos

Jornada cumprida por 11 equipes participantes formadas por estudantes teve como tema a iniciativas que coloquem a tecnologia a serviço de cidades e comunidades

Capacidade de análise, pensamento crítico, autonomia e forte protagonismo. Assim podem ser definidos os dois dias de imersão do Unesc Challenge que revelou seus vencedores ao final desse domingo, dia 26. Após dois dias imersos em ideias, mentorias, validações e preparação, a equipe Lobos-guarás levou o primeiro lugar na disputa que reuniu acadêmicos e professores de diversos cursos, divididos em oito equipes, sob comando da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Transferência de Tecnologia (Aditt) Unesc.

A dinâmica do Unesc Challenge se assemelha a outros desafios de inovação, como o Startup Weekend. As equipes formadas por estudantes na manhã de sábado prezam pela variedade de perfis, sejam comportamentais ou de área do conhecimento. Depois de definidos os times e as ideias a serem trabalhadas ao longo do fim de semana, iniciou-se o processo de pesquisa, validação de proposta de solução e a elaboração de um protótipo, na linguagem de startups chamado de MVP (mínimo produto viável). No domingo à tarde ocorreram as apresentações dos projetos de startups.

 

 

 O oferecimento da oportunidade da imersão no Unesc Challenge materializa o conceito da Graduação Multi da Universidade, metodologia de ensino e aprendizagem baseado na experiência, destacou a reitora da Instituição, Luciane Bisognin Ceretta. “Os estudantes estão assim construindo trajetórias formativos muito diferenciadas e se preparando de modo diferenciado para o mundo do trabalho, que solicita, cada vez mais, profissionais mais ágeis, disruptivos, com capacidade de encontrar soluções para problemas complexos”, enalteceu a reitora.

O grupo campeão foi responsável pelo desenvolvimento do aplicativo Safetech, que tem foco em proporcionar um refúgio seguro para aqueles que enfrentam situações de emergência. O segundo lugar ficou com o time Tigres, com a criação do site “SOS Brasil, Solidariedade e Transparência para você”, voltado ao rastreamento e transparência para ONG’s. Em terceiro lugar ficaram os Corujas, com o aplicativo Pulser, solução de otimização de tempos de resposta em emergências. Os vencedores receberam R$ 1,5 mil, R$ 1 mil e R$ 750, respectivamente. Além dos times que estiveram no pódio, os acadêmicos formaram os times Águias, Gorilas, Búfalos, Tubarões e Dragões.

 

 

Protagonismo coletivo dos estudantes

A banca avaliadora dos pitches no domingo foi formada por Jhonny Pereira, diretor do Polo Acate Sul Catarinense; professor João Luiz Rieth, coordenador do curso de Design, Cristoffer Medeiros da Deps Tecnologia e pela professora Stela Maris Ruppenthal.

Luciane enfatizou que promover o Unesc Challenge é fundamental para a Universidade como forma de protagonismo coletivo dos estudantes. “Os eixos centrais da formação hoje na nossa Universidade são definidos a partir da necessidade do cenário que nos demanda constantemente novas estratégias, novas soluções para diferentes situações. O Unesc Challenge envolve capacidade colaborativa, capacidade de encontrar soluções para problemas complexos, capacidade de encontrar viabilidade na proposta que eles estão apresentando, capacidade de se relacionar com a mentoria e capacidade também de receber o resultado, seja ele positivo ou não como vencedores”.

“Além de ter a possibilidade de encontrar um novo produto a partir das ideias deles, a ação também promove toda a formação enquanto profissionais e seres humanos. Retornamos, na última semana com duas vitórias do Acafe Challenge, competição em nível estadual que demonstra o quanto os nossos estudantes estão preparados para esses desafios. Eles estão preparados porque já têm essa proposta imersiva no interior da Universidade, o que os prepara para outros processos fora dela”, acrescenta.

Integrante da equipe Lobos-guarás, Barbara Brehm, acadêmica do curso de Processos Gerenciais, enfatiza que o Unesc Challenge representa transformação e união. “A gente se dedicou muito, trabalhou muito. Participar do Challenge significa reconhecimento mútuo e muito esforço mesmo. Nós pudemos perceber que todos nós juntos temos uma força muito maior daquilo que poderíamos imaginar ter. Aprendemos muito uns com os outros e estamos satisfeitos com o resultado”, avalia.

Para Bárbara, o resultado vai impactar na vida profissional e pessoal. “Vai impactar na verdade não só na nossa vida, mas em um coletivo. Percebemos que esse projeto pode ter viabilidade e pode realmente transformar a vida das pessoas. Isso não tem nada a ver com a gente em si, tem a ver com o pensar muito nas pessoas, no outro. Então eu acho que é essa missão realmente que a gente quer carregar”, finaliza.

Soluções para eventos climáticos extremos

O tema deste ano desafiou os participantes a projetar e implementar soluções para tornar as cidades mais resilientes e adaptáveis a eventos climáticos extremos, como enchentes e tempestades. O foco esteve em assegurar uma comunicação eficaz, infraestrutura robusta e uma logística eficiente de recursos e apoio para os afetados.

“A gente está muito satisfeito com essa terceira edição do Unesc Challenge. O desafio central era muito comovente por conta do que está acontecendo no Rio Grande do Sul, mas a gente não esperava que as soluções fossem ser tão alinhadas, tão bonitas, tão bem desenvolvidas quanto de fato foram. Isso também mostra a força e a solidez do programa, eficiente para trazer soluções reais e efetivas para problemas reais e que de fato impactam as vidas das pessoas”, comenta o agente de Inovação, Christian Engelmann.

Para ele, foi importante ver a comunidade acadêmica cada vez mais engajada. “Já estamos ansiosos para a quarta edição e com bastante esperança de todas as ideias envolvidas continuarem na esteira de inovação e empreendedorismo, participando do programa de pré-incubação e incubação de ideias e negócios”, acrescenta Christian.

Um evento consolidado

A gerente de Inovação e Empreendedorismo da Universidade, Elenice Padoin Juliani Engel, entende que a cultura da inovação é o ponto de partida para o desenvolvimento criativo para a solução de problemas. “Temos três objetivos bem claros: trabalhar a cultura da inovação e empreendedorismo, tornar a inovação transversal aos pilares da Universidade, que são o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, e nesse caso, especificamente, a questão da Graduação Multi, e desenvolver novas skills, desenvolver novas competências, novas habilidades”, afirma.

“Ao trabalhar em equipe, eles têm que pensar soluções multidisciplinares, com análise crítica de contexto, usando a criatividade, superar essa tensão do desafio, resolver conflitos, desenvolver a comunicação e a própria questão de trabalhar de forma coletiva. Esse estudante que participa realmente se modifica. É uma experiência que é transformadora e comprova que nós estamos no caminho certo”, complementa.

Os desafios para os mentores

Ana Claudia Moreira Issa, mestranda no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) e mentora de dois times vencedores, Lobos e Corujas, afirma que auxiliar os acadêmicos a encontrar o melhor deles foi gratificante. “Importante para eles conseguirem alcançar aquilo que eles tinham dentro deles e nem eles sabiam desse potencial para chegar tão longe. É uma experiência que eles nunca mais vão esquecer, porque, ao participar desses ambientes de inovação, os quais são ambientes interdisciplinares, desenvolvem habilidades, desenvolvem competências e se tornam profissionais que o mercado está buscando, profissionais que se destacam da grande maioria”, pontua.

Preparados para o futuro

O Unesc Challenge prepara profissionais capazes de agir e apresentar respostas com a excelência acadêmica que a Unesc oferece. “Esse tipo de estratégia formativa prepara esse nosso estudante para o enfrentamento do mundo do trabalho com maior capacidade de desafiar-se e encontrar soluções para superar todas as demandas que forem postas”, destaca ainda a reitora.

 

 

 

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