Ucrânia apura utilização de bombas químicas em ataque russo
O Ministério da Defesa da Ucrânia apura a possível utilização de bombas químicas em ataque russo a cidade de Mariupol
Após indícios de possível utilização de bombas químicas pela Rússia, o Ministério da Defesa da Ucrânia está realizando uma investigação nesta terça-feira, dia 12. O ataque teria ocorrido em Mariupol nesta segunda-feira, dia 11.
A suspeita é que tenham sido utilizadas bombas de fósforo branco, proibidas no mundo pela Convenção de Arma Químicas da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda na segunda-feira, dia 11, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, alertou para a possibilidade da Rússia utilizar arma química e pediu mais sanções contra Moscou.
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“Gostaria de lembrar aos líderes mundiais que o possível uso de armas químicas pelos militares russos já foi discutido. E já naquela época “significava que era necessário reagir à agressão russa de forma muito mais dura e rápida”, disse.
A Rússia ainda não se manifestou sobre a acusação.
Diversas mortes e destruição em Mariupol
Ainda na segunda-feira, dia 11, o governo ucraniano informou que dezenas de milhares de pessoas foram mortas no ataque russo à Mariupol, cidade no sudeste da Ucrânia. A Reuters confirmou a destruição generalizada em Mariupol, mas não pôde verificar os supostos crimes ou a estimativa de mortos na cidade estratégica, que fica entre a Crimeia, anexada à Rússia, e as áreas do leste da Ucrânia mantidas por separatistas apoiados pela Rússia.
“Mariupol foi destruída, há dezenas de milhares de mortos, mas mesmo assim, os russos não estão parando sua ofensiva”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em um discurso em vídeo a parlamentares sul-coreanos, sem fornecer mais detalhes.
Se confirmado, seria de longe o maior número de mortos até agora relatado em um lugar na Ucrânia, onde cidades e vilarejos sofreram bombardeios implacáveis e corpos, incluindo de civis, foram vistos nas ruas.
O chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk, apoiada pela Rússia, Denis Pushilin, disse à agência de notícias russa RIA nesta segunda-feira, dia 11, que mais de 5 mil pessoas podem ter sido mortas em Mariupol. Segundo ele, as forças ucranianas são responsáveis.
O número de pessoas que deixaram a cidade caiu porque as forças russas retardaram as verificações antes da partida, disse Petro Andryushchenko, assessor do prefeito de Mariupol, nesta segunda-feira, dia 11, no serviço de mensagens Telegram.
“Cerca de 10 mil pessoas aguardavam a triagem pelas forças russas”, afirmou ele.
Citando dados do governo municipal de Mariupol, a ombudswoman de direitos humanos da Ucrânia, Lyudmyla Denisova, disse que 33.000 moradores de Mariupol foram deportados para a Rússia ou territórios mantidos por separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia. A Rússia afirmou no domingo que retirou 723.000 pessoas da Ucrânia desde o início do que chamou de “operação especial”. Moscou nega ataques a civis.
*Com informações de Agência Brasil e G1