Tristeza e indignação após incêndio que destruiu parte de escola em Criciúma
Lágrimas e muita indignação pela destruição da Escola Municipal Padre Ludovico Coccolo
Os professores e profissionais que chegavam na Escola Municipal Padre Ludovico Coccolo no bairro São Luiz se emocionaram com a cena de destruição. A escola pegou fogo na madrugada desta quarta-feira, dia 7. A hipótese de furto de fios ter ocasionado o incêndio na unidade escolar.
A professora de artes Julmara Goulart, que atua há 13 anos na instituição, chegou pela manhã para dar aula e se emocionou ao encontrar parte da escola destruída. “Já passamos por muita coisa nessa escola, em 2012 enfrentamos por três inundações. Mas hoje acordar com essa notícia. Estávamos muito entusiasmados com a possibilidade do dia 25 inaugurar a escola nova e infelizmente aconteceu isso. Mas estamos aqui para enfrentar novamente, como sempre enfrentamos e vamos sair mais forte dessa situação. A nossa comunidade tenho certeza que vai nos apoiar”, lamenta a professora.
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Regiane Darós já estudou na instituição e atualmente é diretora da escola. Ela relata que essa não foi a primeira vez que é registrado furto no local e lamenta que o trabalho de anos realizado pelos colaboradores foi destruído em poucos minutos.
“Há duas semanas tentaram furtar, mexeram na sala dos fundos, tentaram levar uma máquina. Não dá para descrever o sentimento, muito triste. Pensar que são trabalhos de profissionais, não só meu, mas de todos que passaram pela escola. Aqui funcionava refeitório, secretaria, direção e quatro salas”, explica a diretora.
Os professores avisaram alguns pais ainda durante a madrugada, mas alguns não ficaram sabendo do incêndio e acabaram levando as crianças para a escola. Segundo a auxiliar de direção, Ana Cristina da Silva, o prédio que pegou fogo era o mais antigo da escola. “Toda a documentação dos alunos, computadores, televisões, tudo perdido. Agora esperar para ver o que vamos poder reaproveitar na parte que não pegou fogo. Hoje perdemos a ala mais antiga da escola”, frisa.
Vizinha viu e acionou o Corpo de Bombeiros
A moradora de uma casa vizinha da escola foi quem acionou o Corpo de Bombeiros. Rosecleia Lopes conta que por volta das 5 horas da madrugada acordou com o barulho e viu a fumaça saindo do prédio. “Meu marido acordou e já chamou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. Em seguida avisei a diretora da escola. Vimos a fumaça e começamos a jogar água para que o fogo não atingisse casas vizinhas. Foi bem assustador. O barulho era muito grande”, lembra.
Rosecleia mora ao lado da escola há mais de 15 anos. Acostumada com a movimentação das crianças e professores diariamente, lamenta que o dia tenha começado com uma notícia triste. “Hoje foi bem diferente. Depois que os bombeiros estavam aqui já ficamos sabendo que não ia ter aula. Então avisava as crianças que via chegando para a aula. Divulguei em minhas redes sociais. É algo que a gente não espera, muito triste”, lamenta.
Faca utilizada para furto fios
A ferramenta utilizada para cometer o possível furto de fios que teria provocado o incêndio na escola, foi encontrado pela Defesa Civil. Uma faca de serra, com fita branca enrolada no cabo, estava jogada ao lado de um tubo onde passava os fios furtados.
“Os criminosos cortaram os fios na entrada da escola, onde sai do poste, e cortaram próximo ao colégio na caixa de passagem. Nesse meio tempo eles furtaram o fio e por conta disso, provavelmente, fechou um curto. O disjuntor estava desarmado e não desligado, depois o Bombeiro desligou. Agora a Defesa Civil aguarda uma segunda análise dos Bombeiros que vem fazer a avaliação de estrutura do imóvel”, frisa o diretor do Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma, Fred Gomes.
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