Trabalhadores químicos rejeitam segunda proposta patronal
O índice proposto, 0,94% de aumento real, não foi aceito pela diretoria do Sindicato
Foi rejeitada a segunda proposta do Sindicato patronal da indústria química de Criciúma e região, para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos mais de 3,5 mil trabalhadores do setor. A reunião aconteceu ontem (12). O índice proposto, 0,94% de aumento real, não foi aceito pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, que deixou na mesa uma proposta: 6% de reajuste em todos os salários e piso salarial de R$2.050,00.
“Não conseguimos entender os motivos que levam os patrões a manter esta posição de não valorizar seus empregados; a economia está em franco desenvolvimento, a inflação foi negativa em agosto e vivemos um pleno-emprego em nosso estado”, diz o presidente do Sindicato dos trabalhadores, Carlos de Cordes, o Dé.
Conforme o presidente do sindicato, em princípio os patrões ofereceram, apenas, a inflação do período (agosto/2023 a julho/2024) que totalizou 4,06%. A proposta levada para a categoria, em enquete realizada nas trocas de turnos das principais empresas foi rejeitada por mais de 95% dos trabalhadores, homologando a posição da diretoria na mesa de negociação.
“Na primeira proposta patronal, o piso da categoria passaria dos atuais R$1.930,95 para R$2.009,34, aumento pouco superior a R$78,00. Na nova proposta patronal, reajuste de 5%, o menor salário do setor passaria a ser R$2.027,49”, informa Dé.
Além da questão financeira, ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos, a diretoria ainda reivindica a implantação da “internação domiciliar”, para que trabalhadores cuidem em casa de seus filhos menores de 14 anos, por prescrição médica, sem prejuízos aos salários.
Os trabalhadores querem ter de volta no sindicato as homologações de rescisões de contratos de trabalho, exigência da CLT eliminada pela Reforma Trabalhista de 2017 e que vem trazendo prejuízos aos empregados desligados das empresas. Segundo Dé, não faltam reclamações no sindicato de homologações feitas nas empresas. “Prejudicando financeiramente trabalhadores”, finaliza.