Trabalhadores químicos reivindicam 8,12% de reajuste salarial
A primeira rodada de negociação ocorre na sede do Sinquisul, na Acic, na quinta-feira, às 11 horas
Será na próxima quinta-feira, 22, às 11 horas, a primeira rodada de negociação para definir o reajuste salarial dos mais de 3,5 mil trabalhadores das indústrias químicas de Criciúma e região. A informação é do presidente do Sindicato que representa a classe trabalhadora, Carlos de Cordes, o Dé, confirmando o agendamento do encontro feito pela assessoria jurídica do sindicato patronal. A rodada ocorre na sede do Sinquisul, na Acic.
De Cordes ressalta que em 25 de julho último, os trabalhadores já apresentaram o rol de reivindicações da categoria, elaborado em assembleias realizadas no Sindicato e nas trocas de turnos das empresas e que no último dia 9, foi anunciado oficialmente o índice de inflação medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 4.06%.
“Somente nesta semana os patrões estão dispostos a começar a negociar a renovação da convenção coletiva e não temos mais esperanças que o acordo possa ocorrer dentro deste mês da data-base”, disse o representante dos trabalhadores. Segundo Dé, a reivindicação da categoria é aumento real de índice igual ao INPC, ou seja, no total 8,12%.
Elevação do piso salarial e do PPR (Programa de Participação nos Resultados) do setor são duas das principais reivindicações dos trabalhadores das indústrias químicas. O menor salário pago no setor, até o mês passado, estava fixado em R$1.930,95. Se atendido o pleito integral dos empregados, 8,12% de reajuste, o piso passaria a R$2.087,74. “Seria um aumento de apenas R$156,79”, compara o presidente do Sindicato.
Volta das homologações das rescisões de contratos de trabalho no Sindicato, investimentos em segurança e saúde do trabalhador e o direito de acompanhar internação médica também domiciliar de filhos menores de 14 anos ou deficientes de qualquer idade são outros pontos da pauta a negociar.