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Surto de hepatite em crianças no Brasil gera alerta em especialistas

Atualmente, no Brasil, os índices são de um caso para cada 10 mil

O surto de hepatite aguda, potencialmente grave e desconhecida, vindo da Europa e que atinge crianças – já chegou a América Latina e está gerando um alerta em todas as áreas de saúde pública e privada no Brasil. Uma das maiores preocupações se deve ao fato da forma fulminante que a doença atinge o fígado, levando a criança a uma necessidade urgente de transplante.

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Até o momento 230 crianças de cerca de 20 países, segundo a Organização Mundial da Saúde, foram identificadas com a doença na Europa e nos EUA. O primeiro caso da América do Sul foi na Argentina, aonde um menino de 8 anos teve diagnóstico confirmado. Enquanto isso, o Ministério da Saúde monitora 16 casos suspeitos no Brasil, sendo seis no Rio de Janeiro, sete em São Paulo, dois no Paraná e um em Santa Catarina.

Na Europa o percentual de transplante para este surto está sendo de um em cada 10 casos. Atualmente, no Brasil, os índices são de um caso para cada 10 mil, ou seja, na Europa a demanda está sendo 100 vezes maior.

Médicos clínicos e cirurgiões especializados em transplantes que atuam no CIGHEP – Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia, localizado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, afirmam que este novo surto de hepatite aguda, potencialmente grave é visto com bastante atenção e apreensão.

“Isto se deve por causa da faixa etária acometida, pela alta taxa de necessidade de transplante nesta população e pelo fato de não se ter identificado ainda a causa desta hepatite”, afirma o médico Alcindo Pissaia Junior, que preside a Associação Paranaense de Hepatologia desde 2020.

Segundo ele, a hepatite se torna grave, na sua forma fulminante, quando ocorrem características clínicas e laboratoriais de perda de função do fígado, como alteração grave da coagulação e alteração do nível de consciência do paciente.

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