O Sul em Trilhas nos dias 28 e 29 de maio de 2022 foi fazer o curso de visitantes, no qual descobriu a imensidão de diversidade de fauna e flora dentro dessa Unidade de Conservação do ladinho de casa.
A unidade de conservação está ligada geograficamente, na porção oeste, à área do Parque Nacional de São Joaquim, aumentando a proteção da biodiversidade.
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O Parque Estadual da Serra Furada (PAESF) é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral criada em 20 de junho de 1980, por meio do Decreto nº 11.233. A área de 1.330 ha abrange os territórios municipais de Grão-Pará e Orleans, protegendo paisagens exuberantes das encostas da Serra Catarinense.
O perímetro do Parque Estadual da Serra Furada foi definido pela identificação cadastral das divisas de propriedades privadas limítrofes no final da década de 1970, dando origem ao memorial descritivo constante no decreto de criação do parque. A implantação dos marcos no perímetro do parque e o georreferenciamento dos limites foram completados em 1997. O decreto de criação do parque abrange terras devolutas e áreas com títulos de propriedade privada que já tinham sido adquiridas pelo Estado, em meados da década de 1950.
Há vários atrativos para os visitantes que buscam o contato com essa rica natureza, sendo mais famoso o Monumento geológico da Serra Furada.
Conforme as instruções no site do Parque, o parque tem um relevo extremamente escarpado, o que lhe confere grande beleza cênica. Seu ponto culminante é o Morro da Forquilha, com aproximadamente 1.508 metros de altitude. Outros pontos notáveis são o Morro do Facão, Garrafão, Gritador, Serra do Minador, Morro do Bugrinho, além é claro da Serra Furada, geoforma que deu nome ao parque. O furo da serra tem aproximadamente 45 metros de altura e 8 metros de largura.
O parque é composto principalmente pelas formações rochosas Rio do Rasto, Botucatu e Serra Geral. Durante a formação Botucatu extensos campos de dunas, depositados por ação eólica, formaram o grande “deserto Botucatu” que atualmente é observado nos espessos pacotes de arenitos existentes aqui, com destaque para o monumento geológico da Serra Furada que dá nome ao parque.
Outro grande testemunho geológico do parque é o vulcanismo Serra Geral com sucessivos derrames de lava que iniciaram há aproximadamente 160 milhões de anos e que registram a história da deriva continental com a fragmentação do antigo continente Gondwana e a formação da América do Sul e da África.
O seu relevo atual é resultado da intensa erosão que iniciou durante a separação entre América do Sul e África com a formação do Oceano Atlântico que começava a existir entre os dois continentes. Com o passar do tempo a ação das variações climáticas, chuvas, ventos, movimentos de massa e rios esculpiram seus morros e montanhas extremamente escarpadas, processos erosivos observados até os dias atuais.
Devido à sua localização geográfica, a umidade relativa do ar é alta, em torno de 85%, resultando em uma pluviosidade anual média de 1.500 mm. O Parque protege inúmeras nascentes que formam os rios Minador, do Meio, do Meio Alto e Braço Esquerdo que integram a Bacia do Rio Tubarão e Complexo Lagunar.
No estado de Santa Catarina, compõe a porção sul do maior contingente florestal contínuo representado pela Floresta Ombrófila Densa e compõe parte da zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A relevância ecológica do Parque Estadual da Serra Furada está relacionada à conservação de ambientes formadores do corredor florestal atlântico brasileiro pertencente a um dos biomas mais biodiversos e ameaçados do planeta, a Mata Atlântica.
O parque é muito importante para nosso ecossistema!!
Ele protege significativo número de espécies florestais raras e ameaçadas de extinção, tipos especiais de vegetação de altitude e florestas primárias de relevante importância para a regeneração florestal local.
E sabemos que o alto grau de degradação do bioma Mata Atlântica é reflexo da ocupação territorial pela população humana. A fauna também tem sido drasticamente afetada pela diminuição dos habitats, mas não somente por isso, pois a caça, que muito contribuiu para o desaparecimento e a diminuição das populações, enfraquecendo as teias alimentares e afetando o funcionamento ecossistêmico, a partir do empobrecimento dos serviços ambientais.
No parque animais ameaçados de extinção encontram abrigo como os mamíferos jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), gato-maracajá (Leopardus wiedii), gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi), puma (Puma concolor) e cateto ou porco-do-mato (Pecari tajacu).
O parque apresenta uma alta riqueza de aves, são 229 espécies, das quais 39 são endêmicas da Mata Atlântica, ou seja, só ocorrem neste Bioma, e algumas estão ameaçadas de extinção como o surucuá-de-barriga-amarela (Trogon viridis), macuco (Tinamus solitarius), jacupemba (Penelope superciliaris), gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e papo-branco (Biatas nigropectus).
No Parque há um vasto campo para o desenvolvimento de estudos e pesquisas que contribuam para o conhecimento da biodiversidade local e estudos de alternativas para o desenvolvimento sustentável da comunidade do entorno, conferindo à área grande interesse científico.
Para você ingressar nesse parque tem que estar acompanhado com condutores de visitantes cadastrados no parque acompanhado de um condutor de visitantes todos os dias 08h às 17h com agendamentos prévios! Se ficou interessado pode entrar em contato com o Sul em Trilhas!
Os ATRATIVOS LIBERADOS são:
1. Mirante da Serra Furada (850 metros)
Extensão: 850 metros (da sede até o mirante no início da trilha)
Duração aproximada: 40 minutos
2. Circuito do Lagostim
Extensão: 600 metros
Classificação: Leve
Duração aproximada: 30 minutos
3. Trilha Salto da Piava
Extensão: 2.120 metros
Classificação: Leve Superior
Duração aproximada: 1h e 30 min
4. Circuito da Canela Grande
Extensão: 4.300 metros
Classificação: Moderada
Duração aproximada: 4 horas
Também pode-se encontrar mais informações no instagram do Sul em Trilhas com em contato com nossa condutora Jú: 48 9961-5061.
Venha conhecer as maravilhas da nossa região e fazer o sul em trilhas com a gente !
Fontes
SANTOS, Robson dos et al (orgs.). Biodiversidade em Santa Catarina : Parque Estadual da Serra Furada.Criciúma, SC, UNESC, 2016. 188 p. : il.; 22 cm
FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE (Santa Catarina). Plano de manejo do Parque Estadual da Serra Furada: plano básico: projeto de proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina – PPMA-SC. – Florianópolis: Socioambiental Consultores Associados Ltda., 2010.
FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE (Santa Catarina). Plano de manejo do Parque Estadual da Serra Furada: encartes temáticos e cronograma físico-financeiro: projeto de proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina – PPMA-SC. – Florianópolis: Socioambiental Consultores Associados Ltda. 2010.
FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE (Santa Catarina). Plano de manejo do Parque Estadual da Serra Furada: anexos: projeto de proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina – PPMA-SC. – Florianópolis: Socioambiental Consultores Associados Ltda. 2010.