Sudeste africano: 13 milhões de pessoas passam fome por causa da seca
País enfrenta a pior escassez de água dos últimos 40 anos; Organização Internacional para as Migrações estima que número pode chegar em 1,4 milhões de vítimas sem auxílio necessário aos somalis; governo declarou emergência em novembro de 2021.
Com a piora da seca na Somália, mais de 1 milhão de pessoas podem ficar deslocadas até abril. Os dados são da última análise da Organização Internacional para as Migrações, OIM.
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A escassez de água é a pior em 40 anos em algumas partes do país. Os furos e poços rasos estão secando. Ainda há relatos que o gado está morrendo e a alta nos preços de alimentos essenciais estão deixando os bens inacessíveis para a maioria dos somalis.
Assistência
As comunidades precisam de assistência urgente, especialmente os deslocados internos e os migrantes que continuam enfrentando condições de vida precárias e falta de serviços. Há uma estimativa de 2,9 milhões de deslocados internos na Somália.
De acordo com o coordenador de Emergências da OIM na Somália, Mohamed Abdelazim, a ação imediata é fundamental para evitar que esse número siga subindo.
Na Somália, as condições de seca historicamente criaram atritos sobre áreas de pastagem e fontes de água, aumentando os conflitos e o número de pessoas forçadas a se mudar.
A OIM está trabalhando em colaboração com o governo, outras agências da ONU e parceiros locais para levar água aos deslocados internos, migrantes e grupos vulneráveis.
Transporte de água, distribuição de kits de higiene e construção de furos e poços rasos estão em andamento em mais de cem locais.
Os esforços visam evitar um desastre humanitário ampliado pelos conflitos em andamento e impactos adicionais das mudanças climáticas. A iniciativa deve atingir 255 mil pessoas até o final de março.
Fonte: ONU News