Solidariedade: família de bombeiro de Criciúma vítima de grave acidente pede ajuda

 “A saúde do meu filho antes do acidente era perfeita, e hoje, ele se encontra acamado. Não fala, não anda e usa sonda gastroenteral,” conta Reijanes Rodrigues, mãe do bombeiro militar de Criciúma, Victor Rodrigues Cândido, 26 anos, que sofreu um acidente ano passado, ao se deslocar para uma ocorrência.

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Agora, familiares do bombeiro Cândido, criaram uma vaquinha online na tentativa de comprar um veículo adaptado, para ajudar em seu tratamento e proporcionar qualidade de vida. A ideia é de que com o veículo, ele receba estímulos externos e uma melhor locomoção em sua rotina que envolve internações, fisioterapias, exames, consultas e até mesmo o lazer. A ação pretende arrecadar R$ 157 mil.

A assistência médica de Cândido é em regime home care custeado pelo governo do Estado. Há um mês, iniciou tratamento em uma clínica de reabilitação neurológica, trata-se de um tratamento longo e a tendência conforme for melhorando fisicamente e se fortalecer é de o atendimento ser frequente.

“Estamos o levando de carro, mesmo sendo mais trabalhoso percebemos que para ele é bom, pois recebe estímulos externos, como olhar pro céu, ver os carros, movimentação nas ruas …  Estamos percebendo uma evolução. Só que verificamos dificuldades, pois no veículo usado para o deslocamento não tem o devido espaço, equipamento e adaptação requeridos para o transporte adequado”, lamenta a mãe.

 “Neste momento nossa família conta com a solidariedade de todos que possam ajudar divulgando, doando e, sempre, orando, para continuarmos oferecendo o melhor para o nosso bombeiro que tem lutado com todas as forças, sendo exemplo de superação para todos nós”, destaca ela.

“Ele saiu para salvar vidas e quase perdeu a dele”

Cândido é natural de Criciúma e trabalhava na cidade de São Domingos, na região Oeste do Estado. No dia 17 de janeiro do ano passado, a viatura do Corpo de Bombeiros que ele dirigia, se deslocou para o atendimento de uma ocorrência de incêndio, na cidade de Coronel Martins, por volta das 6h da manhã, foi atingido por caixas de frangos vivos que se desprenderam do caminhão que trafegava sentido contrário.

Reijanes, conta que quando a guarnição estava a caminho foi ligado para o Batalhão, cancelando a ocorrência, pois se tratava de um trote, ou tinha e era pouca coisa. “Eles tentaram ligar para avisar, mas o acidente já havia acontecido”, lamenta a mãe.

O bombeiro sofreu traumatismo cranioencefálico gravíssimo, ficou internado por quatro meses no Hospital Regional do Oeste de Chapecó, sendo submetido a diversas cirurgias e desde então está em recuperação na casa de sua mãe no bairro Pinheirinho. Reijanes lamenta pela falta de agilidade da justiça em punir os culpados pelo acidente.

“Ele saiu do batalhão uma hora antes de encerrar seu expediente, havia muita neblina no momento que o caminhão cruzou com a viatura em direção oposta. As caixas estavam soltas, se desprenderam, caíram no teto da ambulância atingindo meu filho. Faz mais de um ano e o processo criminal continua parado é um descaso. Ele saiu para salvar vidas e quase perdeu a dele”, finaliza.