Sindicato dos trabalhadores quĂmicos completa 39 anos
Entidade foi fundada em 1982 e representa cerca de 11 mil trabalhadores
O Sindicato dos Trabalhadores das IndĂşstrias Plásticas, QuĂmicas e FarmacĂŞuticas de CriciĂşma e RegiĂŁo completa 39 anos de fundação neste domingo, dia 5. A organização representa mais de 11 mil trabalhadores. A histĂłria da entidade iniciou em 1982, quando foi fundada a Associação dos Trabalhadores nas IndĂşstrias de Material Plástico de CriciĂşma e Urussanga, como exigia a legislação Ă Ă©poca.
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“SĂŁo 39 anos de muitas lutas, de organização de uma categoria aguerrida, politizada e de conquistas histĂłricas”, define o vice-presidente e presidente em exercĂcio do Sindicato, Edson Rebelo, o JaponĂŞs, já que Carlos de Cordes, o DĂ©, presidente eleito, em junho está exercendo o cargo de 1Âş vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Industria do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), em Itapema, entidade que representa mais de 300 mil industriários.
“É uma histĂłria de muitos avanços e confrontos, iniciados em um perĂodo difĂcil, durante da ditadura militar quando atĂ© para conseguirmos formar a primeira entidade; era preciso primeiro convencer os pais de trabalhadores para que seus filhos pudessem integrar a associação, pois todos temiam os mĂ©todos empregados pelo governo militar e seus organismos”, lembra Joel Bittencourt, do Conselho Fiscal do Sindicato, e um dos primeiros lĂderes da organização da categoria.
Os “quĂmicos” como sĂŁo chamados popularmente os trabalhadores das indĂşstrias plásticas, quĂmicas e farmacĂŞuticas de CriciĂşma e regiĂŁo atuam em mais de 300 empresas na base territorial do sindicato, em 29 municĂpios do sul catarinense.
Aos trabalhadores, ressalta Edson Rebelo, foi construĂda uma trajetĂłria de conquistas importantes. “O adicional noturno, por exemplo, que a CLT determina que seja de 20%, nas indĂşstrias plásticas Ă© de 32,5% e nas quĂmicas 35%; temos aviso prĂ©vio mais valorizado que a previsĂŁo da lei, assim como garantias de emprego na prĂ©-aposentadoria, na segurança do trabalho e, inclusive, os nossos trabalhadores podem acompanha filhos menos em internações hospitalares de atĂ© 14 dias, sem prejuĂzo aos salários”, relata JaponĂŞs.
Conforme o vice-presidente do Sindicato, “nosso passado é de uma categoria forjada na luta, com conquistas marcantes, mas os tempos atuais exigem uma reengenharia de novos processos e procedimentos; perdemos de forma geral perderam muito com as reformas trabalhista e previdenciária e com a permissão da terceirização inclusive da atividade fim; direitos conquistados durante décadas nos foram tirados em poucos anos e será preciso muito trabalho para revertermos este quadro, por isto estamos focado no futuro”, finaliza Rebelo.