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Sete réus são condenados por assassinato brutal de mulher em maior júri da história de Imbituba

Os sete reús foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam 100 anos de prisão por homicídio quadruplamente qualificado

Sete réus foram condenados pelo assassinato brutal de Cristini de Jesus Passos, de 24 anos, ocorrido em 2019. Foram 22h de deliberação em sessão do júri da comarca de Imbituba até o veredicto. A sessão teve a participação de mais de 50 pessoas, sendo considerado o maior júri da história de Imbituba em número de pessoas envolvidas.

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Além dos oito acusados, sete jurados e juiz, atuaram dois promotores, 15 advogados, servidores da comarca de Imbituba, além de agentes prisionais do Presídio de Imbituba, Penitenciária Sul, Presídio Santa Augusta e Presídio Feminino de Criciúma, seguranças e policiais militares.

Os sete réus foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam os 100 anos de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver, omissão de socorro e fraude processual. O júri teve início na última sexta-feira, dia 22, e se encerrou no sábado, dia 23.

O crime

De acordo com os autos, a Cristini foi brutalmente assassinada em 5 de abril de 2019 e a ossada da vítima foi encontrada somente 10 dias após o crime. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o companheiro dela teria ordenado ao irmão que a matasse, por ela ter decidido terminar o relacionamento que tinham e que não iria mais visitá-lo na prisão.

Cristini, então, foi atraída até a casa do cunhado onde os outros cinco réus também estavam e iniciaram a execução do crime. A vítima foi brutalmente torturada pelos acusados, sendo golpeada com um martelo, faca, “bengala” de motocicleta, pedaço de madeira e capacete, as quais foram a causa eficiente da morte causada por traumatismo crânio encefálico. Segundo a perícia, o crânio da vítima possuía pelo menos 10 fraturas.

Sessão do júri foi a maior da história da comarca de Imbituba – Foto: Divulgação/Poder Judiciário

O corpo de Cristini foi levado até um aterro de lixo no bairro Divineia, onde foi queimado com uso de gasolina. Além disso, efetuaram a limpeza da casa e se desfizeram de pelo menos um dos instrumentos do crime. Em data posterior, alteraram novamente a cena do crime, simulando uma reforma na residência, inclusive retirando e trocando pisos e paredes, com o objetivo de dificultar o trabalho investigativo.

O Conselho de Sentença reconheceu que o crime de homicídio foi praticado por motivo fútil, mediante emboscada, com emprego de tortura e contra mulher em razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, além dos crimes de ocultação de cadáver, omissão de socorro e fraude processual majorada.

Dois oito réus, cinco homens e três mulheres, quatro estavam presos desde 2019 e outros três tiveram prisão preventiva decretada após a sentença. Um dos acusado foi absolvido. As penas dos sete réus foram fixadas em 25 anos e um mês, 24 anos e sete meses, 22 anos e seis meses, 22 anos, 19 anos e oito meses, 16 anos e quatro meses, em regime inicial fechado, e 3 meses de detenção.

Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O espaço está aberto para a manifestação da defesa dos condenados.

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