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Serviços e indústria lideram geração de empregos no primeiro semestre

Das 10.824 vagas adicionadas de janeiro a junho na mesorregião Sul catarinense, os serviços contribuíram com 4.657 e o setor industrial com 4.128

Juntos, o setor de serviços e a indústria responderam por mais de 80% dos empregos formais gerados no primeiro semestre deste ano na mesorregião Sul de Santa Catarina. Das 10.824 vagas adicionadas de janeiro a junho na região, os serviços contribuíram com 4.657 e o setor industrial com 4.128.

No período, houve ainda o acréscimo de 1.069 postos de trabalho com carteira assinada no comércio, 853 na construção e 116 na agropecuária (uma vaga não teve o setor identificado), conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O desempenho dos setores segue tendência verificada também no Estado, que teve 42.299 vagas adicionadas em serviços e 35.693 na indústria, no primeiro semestre – Na Região Carbonífera, esses números são de 2.079 para serviços e 2.096 para a indústria.

A geração de empregos no Sul foi a maior para o período dos últimos três anos. “O mercado de trabalho vem demonstrando um dinamismo forte neste ano de 2024, tanto no Brasil como em Santa Catarina, sendo que a taxa de desemprego marcou 6,9% no país e 3,8% no Estado, uma das menores dos últimos anos. Dessa forma, isso vem se refletindo também em Criciúma e região”, aponta o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

Com base nos dados do Caged, Rodrigues e o também economista Alison Fiuza elaboram o Boletim do Emprego Formal, contratado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e disponível para consulta no site da entidade.

Projeção

De acordo com a análise dos especialistas, para os próximos meses a tendência é que o mercado de trabalho continue melhorando, mas com possíveis atenuações em relação ao que se observou até este momento.

“Inclusive, o resultado de junho veio um pouco menor que o esperado. Pairam no radar incertezas sobre o cenário das contas públicas nacionais, que vêm apresentando constantes déficits. Nos últimos meses, isso vem refletindo em projeções futuras mais elevadas sobre a inflação, a manutenção da taxa de juros no atual patamar e uma certa volatilidade ao câmbio”, explica Fiuza.

“O cenário fica um pouco mais desafiador no curto prazo, até que sinais claros sobre o cenário fiscal sejam dados. Outro ponto a considerar é o ambiente internacional, com conflitos geopolíticos vigentes, a dificuldade dos países centrais no controle da inflação e a proximidade das eleições nos Estados Unidos, que trará certa volatilidade aos mercados”, acrescenta Rodrigues.

Região Carbonífera

 Na Região Carbonífera, o acumulado do ano mostra 5.336 novos empregos na soma dos 12 municípios, desempenho superior ao do mesmo período do ano anterior (3.724). A região registrou crescimento de 0,16% no estoque de empregos formais, que alcançou 158.009 vagas ocupadas ao final de junho.

Com isso, a região marca participação de 6,18% e 48,65% no estoque total de empregos no Estado e na mesorregião Sul, respectivamente.

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