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Serviço Aeromédico no Sul catarinense volta a ser debatido

O projeto do Serviço Aeromédico no Sul catarinense voltou a ser debatido. Em reunião na Unesc, na tarde de ontem, 8, foram realizados os primeiros acertos para o projeto sair do papel. Entre as pautas levantadas, a comissão criada para tornar a iniciativa realidade falou de questões voltadas ao custos, implantação e modelo de atuação e gestão. “Daqui saíram as primeiras diretrizes de uma ideia para salvar vidas”, destaca o idealizador do projeto, vereador Tita Belloli.

O Saer (Serviço Aeropolicial), da Polícia Civil, chegou ao Sul catarinense em novembro de 2016 para atuar em questões plenas de segurança e situações emergenciais de saúde. Agora, o objetivo da proposta é que a aeronave contribua de forma mais direta em questões de atendimentos primários. “Em horários de grande movimento na cidade, a locomoção de uma ambulância até o local da emergência pode ser de até 40 minutos. Com a instalação do Serviço Aeromédico, é possível reduzir a chegada do socorro para até nove minutos”, explica o comandante do Saer em Criciúma, delegado Gilberto Mondini.

A representante da Universidade na comissão, Mágada Tessmann Schwalm, é coordenadora do Cer (Centro Especializado em Reabilitação) na Unesc. Para ela, a ideia é um importante passo para a região em questões de saúde, com destaque a possível velocidade de resposta do Serviço. “O tempo é valioso, não apenas em questões de socorro, mas também quando falamos de reabilitação. No tratamento de pacientes no Cer, podemos ver e reafirmar que o respeito a cada segundo é imprescindível para salvar vidas e recuperar”, destaca.

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Além do tempo de transporte do paciente, o projeto também contribuirá com qualificação nos primeiros socorros. O objetivo é que a base do Saer conte com médicos e enfermeiros à disposição para entrar em atividade. “A medida será tomada para que o primeiro contato com a emergência seja realizado de forma ainda mais assertiva e segura”, explica Belloli.

Se implantado, a iniciativa atuará de Passos de Torres a Imbituba, cobrindo 50 municípios do Sul de Santa Catarina.

Expectativas positivas

Desde a implantação do Saer, em 2016, as tentativas de implantar o Serviço Aeromédico têm esbarrado em questões financeiras. Nesta oportunidade, segundo Mondini, a expectativa é de um resultado mais positivo. “Temos um grupo forte e mobilizado pela causa. Entendemos que quando falamos em vida, a parte dos custos ficam em segundo plano”, afirma.

Próximos passos da comissão

  • Visita ao Serviço Aeromédico de Chapecó, podendo ser estendida para Joinville e Florianópolis.
  • Simulação de resposta ao socorro, realizada no campus da Unesc, com a presença de autoridades e participação de estudantes da área da saúde.
  • Estudo de custos para a implantação do Serviço. Cálculos iniciais apontam 13 centavos por habitante, custeados de acordo com a quantidade de moradores do município.

A comissão também poderá auxiliar em questões ligadas a compra de uma aeronave própria, a implantação em conjunto de uma pós-graduação em serviço aeromédico e ao novo espaço de base do Saer.

Comissão

  • Mágada Tessmann Schwalm – Unesc.
  • Tita Belloli – Câmara de vereadores de Criciúma.
  • Henrique Piovezan da Silveira – Corpo de Bombeiros.
  • Djalma Alcântara da Silva – Saer.
  • Acélio Casagrande – Amrec.
  • Celso Heidemann – Amurel.
  • Arlindo Rocha – Amesc.
  • Flávio Spillere Júnior. – Acic.
  • Vanderlei Damin – Samu.
  • Fabiano Armando – Prefeitura de Criciúma.
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